José Sócrates aproveitou a conferência europeia sobre inovação, que decorre hoje em Lisboa, para reafirmar que a ciência será a área do Estado com maior incremento orçamental no próximo ano.



O primeiro ministro precisou que a área tutelada por Mariano Gago vai contar em 2007 com um orçamento 64 por cento acima do registado este ano, numa demonstração clara da prioridade dada pelo Governo às áreas da "investigação e da ciência".



A verba de 250 milhões de euros é obtida através de fundos nacionais (160 milhões de euros) e de fundos comunitários (90 milhões de euros).



José Sócrates sublinhou aliás que a área da ciência será a única a beneficiar de aumento no orçamento disponível em 2007.



Recorde-se que já em Março deste ano o Primeiro Ministro tinha adiantado a intenção do Governo reforçar o Orçamento da Ciência para 2007 em 250 milhões de euros, afirmações proferidas no âmbito de um debate mensal na Assembleia da República.



Na altura José Sócrates sublinhava que a verba visava contribuir para que fosse atingido o objectivo de duplicação do investimento em I&D na conclusão da legislatura, para um por cento. Para já o investimento português em I&D fixa-se nos 0,79 por cento, contra os 1,9 por cento registados em média na UE.



Na mesma altura era anunciado um suporte financeiro de 500 mil euros para apoiar o registo internacional de patentes, a redução até 25 por cento do número de centros de investigação existentes e um reforço de 60 por cento nas bolsas de doutoramento para as 2.450 contra as 1.550 concedidas no ano passado, medidas já em marcha.



O Primeiro Ministro aproveitou ainda a sua intervenção para sublinhar os passos significativos que considera terem já sido dados na concretização da Estratégia de Lisboa, tema central deste encontro subordinado ao tema Excelência e Parcerias para uma Europa Inovadora.



No mesmo encontro Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, considerou que estão a acontecer "verdadeiras mudanças" na UE e acrescentou que "é um mito que, face aos gigantes super-competitivos de outras partes do mundo, a Estratégia Europeia para o Crescimento e o Emprego esteja, inevitavelmente, votada ao fracasso", cita o Jornal de Negócios.



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