O orçamento para investimentos em equipamentos, produtos e serviços
relacionados com as Tecnologias de Informação (TIs) das cinco mil maiores
empresas e organizações nacionais para este ano revela uma descida de seis
por cento face ao montante efectivamente dispendido em 2002, conclui um
estudo acabado de publicar pela companhia de análise de mercados INSAT.

Tendo em conta os dados da economia, esse documento prevê que os segmentos das
Pequenas e Médias Empresas, dos profissionais liberais e dos consumidores
domésticos deverão registar um declínio de, pelo menos, dez por cento em
2003. Até agora, este segmento tem representado cerca de 30 a 35 por cento do
mercado total nacional.

Aristides Meneses, director da INSAT, explica em comunicado que “assumindo que
os orçamentos se cumprem conforme planeado e que a evolução da economia
mundial e nacional se mantém conforme as expectativas actuais, a INSAT
estima que o mercado nacional global consolidado de TI vai sofrer uma quebra
que se situa, com elevada probabilidade, entre os oito e os 12 por cento”.

Segundo a empresa de estudos de mercado, a quebra atinge mais os equipamentos,
sector que deverá descer 19 por cento. No seu âmbito, os servidores Unix e
os PCs serão os produtos mais afectados. Por outro lado, o orçamento para o
conjunto de software e serviços regista um crescimento de dois por
cento.

Para estimar o mercado nacional de TIs, a INSAT efectua há mais de 10 anos um
inquérito anual às quatro a seis mil maiores empresas e organizações portuguesas. Os
inquéritos são quantitativos e detalhados por tecnologia e tipo de
serviços, obtendo-se os valores de investimento real no ano anterior e os
orçamentados para o ano corrente. Este ano a recolha ocorreu entre 15 de
Janeiro e 20 de Fevereiro de 2003, tendo sido inquiridas as quatro mil
maiores empresas e organizações, incluindo Banca, Seguros, Telecomunicações,
Administração Pública Central e Local, e maiores empresas não financeiras de
todos os sectores de actividade.

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