Uma notícia avançada pela edição de hoje do jornal Público revela que o Orçamento de Estado para 2004 destinou mais 26 milhões de euros do que no ano passado para a área da ciência. Segundo a nova ministra da Ciência e Ensino Superior, Maria da Graça Carvalho, as apostas do executivo de Durão Barroso neste sector vão para o investimento em infra-estruturas e equipamentos e para a formação avançada.

Outra das questões a merecer especial atenção é a das unidades de investigação, as quais devem, segundo a ministra, ser reformuladas e reorganizadas de forma a actuarem em rede, optimizando assim os recursos existentes.

No que diz respeito aos investimentos, Maria da Graça Carvalho confessou à mesma fonte que "temos de reforçar a parte nacional, pois os fundos comunitários disponíveis estão já muito executados". Assim sendo o investimento nacional será responsável por 63 por cento das receitas.

Para a ministra, o investimento na ciência é fundamental para que Portugal atinja a meta proposta pela União Europeia de que em 2010 a média do investimento europeu neste sector chegue aos três por cento do PIB - sendo que destes 1 terço seria garantido pelo Estado e os outros dois terços pelas empresas privadas.

Outra linha forte da orientação do governo neste sentido será a aposta no melhoramento das infra-estruturas das investigações científicas, o que se traduzirá na compra de novos equipamentos uma vez que, para a ministra "a maior parte dos equipamentos disponíveis estão já obsoletos".

A concluir, merece ainda destaque neste orçamento o facto de o Programa Ciência Viva contar com 3,2 milhões de euros de investimento em 2004 - depois de no ano transacto ter recebido apenas 500 mil euros - facto que se justifica segundo a ministra por o Ciência Viva ser "uma prioridade".

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