A União Europeia publicou hoje o ranking dos Estados-membros no que se refere à inovação. Os resultados indicam que cinco países europeus estão a conseguir convergir os seus resultados com as duas principais potências a este nível (Estados Unidos e Japão): Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Suécia e Reino Unido.



Entretanto, a larga maioria dos restantes estados estão a mostrar provas de que conseguem acompanhar os líderes, enquanto que os países da nova Europa - Estónia, República Checa e Lituânia - estão a atingir resultados que permitem traçar uma estratégia positiva para dentro de dez anos. Neste caso prevê-se até que dentro de uma década estes três países já estejam aptos a chegar à média da UE no que se refere à performance no campo da inovação.



A União Europeia indica que, tendo em conta os últimos cinco anos, quatro grupos principais são destacados de entre os membros do espaço comunitário: os lideres de inovação, os seguidores, os moderados e os "catching-up".



Portugal encontra-se entre os países que integram este último grupo, ficando abaixo das médias europeias no que se refere à inovação.



Mesmo assim, e de acordo com a análise do executivo comunitário, a performance da inovação nacional tem estado a aumentar nos últimos cinco anos face à tendência média europeia. Os destaques portugueses vão para a inovação e empreendedorismo, em particular no que refere aos gastos em TIC e à percentagem de PMEs que introduziram inovações organizacionais.



Contudo, a UE refere que Portugal demonstra alguma fraqueza no que toca à dimensão da criação de conhecimento e de propriedade intelectual, principalmente nos indicadores referentes aos gastos em I&D empresarial e em todas as formas de licenciamento. Ainda assim, Portugal mostra um elevado nível de eficiência no que respeita à transformação desta tendência.



Por fim, a análise indica que em comparação com os Estados Unidos, a Europa continua atrasada embora, recentemente, essa diferença esteja a ser minimizada com os fortes investimentos nas Tecnologias da Informação e Comunicação e a penetração da banda larga por toda a UE.



O comissário Günter Verheugen indica que "a performance europeia é muito encorajadora e permite estimar que o processo de Lisboa e a estratégia de inovação tecnológica estão a funcionar". Contudo, o mesmo responsável salienta que "o aparente abrandamento em acompanhar os EUA e em particular o crescente desnível que se sente nos investimentos público e investigação e desenvolvimento mostram que é necessário reforçar os esforços” para aumentar a inovação na Europa.



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