Os empregadores do sector tecnológico em Portugal são os terceiros mais otimistas a nível global, no que se refere ao número de contratações de talento tecnológico durante o primeiro trimestre de 2024. Sessenta e cinco por cento das empresas do sector em Portugal prevêem aumentar as suas equipas nos primeiros três meses do ano. Só 8% esperam uma redução de recursos, enquanto 25% acreditam que não vão precisar nem de contratar nem de despedir ninguém.
Os dados constam de um estudo da Experis, Tech Talent Outlook e voltam a mostrar que o sector tecnológico se destaca em relação a todos os outros na dinâmica de recrutamento de novos colaboradores. Esta é uma realidade global. A Projeção para a Criação Líquida de Emprego nas tecnologias cresce 36%, mais do que o esperado para qualquer outro sector no primeiro trimestre do próximo ano, ainda que com uma ligeira descida, de três pontos percentuais, face aos três meses anteriores.
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Em Portugal, estima-se uma Projeção para a Criação Líquida de Emprego no sector das TI de 57% nos primeiros três meses do próximo ano, o valor mais elevado desde o primeiro trimestre de 2022. O valor, explica a Experis, já foi ajustado aos efeitos de sazonalidade e representa uma subida de 10 pontos percentuais face ao último trimestre deste ano e de 29 pontos percentuais face ao período homólogo do ano passado.
O indicador coloca Portugal 24 pontos percentuais acima da média da região da EMEA (Europa, Médio Oriente e África) e 21 pontos percentuais acima da média global. Contas feitas, o país é o terceiro em todo o mundo com a perspetiva mais otimista nesta matéria. Na EMEA, a média de crescimento do emprego TI estimado pelas empresas do sector é de 33%.
“Embora 2023 tenha sido marcado por reduções de equipas em multinacionais tecnológicas, que atraíram muita atenção, estas deveram-se em grande medida a um processo de ajustamento face às contratações do período pós-pandemia”, explica Nuno Ferro, brand leader da Experis.
“Atualmente, assistimos a uma elevada procura por talento e serviço tecnológicos em todos os sectores e perfis de empresas, reflexo da transformação digital que se faz sentir em praticamente todos os modelos de negócio”, acrescenta ainda o responsável.
O estudo analisa a realidade em 41 países. O país onde as empresas se mostraram mais otimistas em relação à criação de emprego nas TIC foi Porto Rico. O segundo foi a Suíça e, como já referido, Portugal fecha o top 3.
No total, 17 países apresentaram estimativas mais otimistas de contração do que no trimestre anterior e 22 abrandaram o ritmo de recrutamentos previstos. A Experis entrevistou, para a pesquisa, 5300 empresas tecnológicas.
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