A formalização da Rede Operacional de Serviços Partilhados de Tecnologias de Informação e Comunicação da Administração Pública (RSPTIC), no final de Agosto, vem contribuir para solidificar um trabalho que já está a ser feito há mais de um ano e que pretende criar um roadmap para dar resposta ao desenvolvimento das TIC na Administração Pública, onde a Cloud é um dos pilares relevantes.
Jaime Quesado lembra que existem já boas experiências na implementação de soluções de Cloud nos governos do Reino Unido, na Nova Zelândia e na Austrália, e que a estratégia portuguesa de Gov Cloud se integra dentro das iniciativas de racionalização e partilha de recursos que estão a ser aplicadas na área de Comunicações e Datacenters da Administração Pública.
“O que estamos a fazer é, aproveitando o conceito desta rede colaborativa [RSPTIC], construir um conceito com duas valências: uma rede colaborativa onde todos podem ter acesso à sua informação e fazer a gestão do equilíbrio entre informação pública e privada”, adiantou durante a sua apresentação no Oracle Cloud Day, detalhando que será sempre em plataforma pública.
Considerando que os temas da segurança são centrais nesta área, Jaime Quesado admite que há ainda trabalho a fazer na área de benchmarking das melhores práticas internacionais e que isso poderá ser relevante para os projetos dos vários Governos. Em Portugal as entidades que participam na RSPTIC têm um trabalho exaustivo nesta área, nomeadamente o Centro Nacional de Cibersegurança.
Nesta área da Cloud Governamental, ou Gov Cloud, o presidente da eSPap, a Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública, garante que Portugal tem condições para que seja um projeto vencedor. “Portugal tem dado cartas nestas áreas”, justifica, lembrando que nas áreas de Compras Públicas, no Cartão de Cidadão e Portal de Cidadão o país tem estado na linha da frente da tecnologia, o que já mereceu diversos reconhecimentos e prémios internacionais.