A GfK Metris inseriu Portugal no Estudo Roper, uma análise que se realiza nos Estados Unidos e Europa há vários anos e que tem como meta retratar a opinião e o comportamento dos consumidores.



Os portugueses foram alvo de análise comparativa internacional sobre o estado do país, tempos livres e estilos de vida, valores pessoais, poder das marcas, redes de influência social, comportamento e decisão de compra, bebidas, assuntos relacionados com a juventude, comunicação social e publicidade, tecnologia e telecomunicações, beleza e automóveis.



No que diz respeito às tecnologias, foram analisados 106 indicadores em entrevistas directas e pessoais a inquiridos com mais de 12 anos. Para elaborar o estudo foram seleccionadas várias perguntas que de uma forma geral abrangem os hábitos dos consumidores face à utilização das novas tecnologias.



Uma das primeiras conclusões indica que, para 52 por cento dos consumidores nacionais é importante estarem contactáveis onde quer que se encontrem, uma percentagem superior à observada em países como a Espanha ou os Estados Unidos.



Neste sentido, 91 por cento dos inquiridos no estudo assumem ter telemóvel, ou seja, oito pontos percentuais abaixo da percentagem observada na Itália, e sete pontos a menos do que se observa na Suécia.



O Roper mostra também que nos 30 dias anteriores ao estudo 64 por cento dos portugueses enviaram ou receberam SMS e que quatro por cento dos inquiridos navegaram na Internet através do telemóvel.



No que se refere computadores, a GfK Metris apurou que 13 por cento dos inquiridos nacionais possuem laptops, metade do que se observa na Alemanha e quase três vezes menos do valor recolhido no Japão e na Austrália.



A empresa de estudos de mercado verificou que, no que se refere a comportamentos online, os portugueses estão um pouco aquém dos consumidores do resto do mundo. A GfK Metris apurou que apenas três por cento dos inquiridos havia reservado uma viagem online no mês anterior ao estudo, uma quota exactamente igual à observada no Egipto. Dessa percentagem, dois por cento diziam respeito a reservas efectuadas por jovens. Analisando os dados de outros países verifica-se que 24 por cento dos norte-americanos, 20 por cento dos australianos e 14 por cento dos japoneses haviam reservado viagens online.



A leitura de jornais online fez parte dos hábitos de 19 por cento dos consumidores portugueses, um valor que já não se afastou em demasia dos restantes mercados - à excepção da quota sueca, que se fixou nos 57 por cento. No que toca às transacções bancárias online, Portugal também fica abaixo dos valores mundiais. Este indicador mostra que apenas nove por cento dos consumidores movimentam o seu dinheiro na banca online, ao contrário do que acontece na Suécia, no Reino Unido ou Alemanha, onde a taxa de transacções é comum a 58 e a 35 por cento dos inquiridos.



Por fim, a GfK Metris indica que 20 por cento dos entrevistados portugueses utilizam aparelhos de música digital portáteis, 20 por cento têm consola de videojogos e 31 por cento possui máquina fotográfica digital.



Este estudo, incluiu os resultados de cerca de 40 mil entrevistas realizadas a consumidores de 31 países, em que se incluem os principais países da Europa, do continente americano e da Ásia, para além da Austrália, do Egipto e da República da África do Sul.



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