O processo de fusão entre o Foto-Flash e o Zonelab, dado a conhecer no início do passado mês de Setembro, foi suspenso. A administração do Foto Sapo diz que o acordo com a outra parte não permitiu atingir os objectivos de melhoria de serviço esperados, produzindo mesmo "consequências contrárias" aos interesses dos seus clientes e por isso foi cessado.




A operação foi preparada durante os vários meses que a precederam e nada levaria a adivinhar o seu actual desfecho menos bom. "As equipas não funcionaram bem em conjunto, não foram capazes de se adaptar ao novo target, onde se juntavam agora amadores e profissionais da fotografia", indicou Mário Ferreira, administrador do Foto Sapo, em declarações ao TeK.



O mesmo responsável queixa-se de que o trabalho profissional, garantido pela Zonelab, também não era o melhor. "Digamos que o trabalho profissional prestado era muito pouco profissional, havia falta de organização e inclusive começámos a aperceber-nos que os nossos clientes estavam a perder rapidez de resposta, uma das nossa principais apostas nos serviços que oferecemos". Para a administração do Foto Sapo tornou-se claro que não seria possível continuar um serviço de resposta célere e de qualidade com a Zonelab.



"O nosso empenho em oferecer um melhor serviço aos nossos clientes levou a que tivéssemos decidido efectuar esta fusão. Infelizmente, por razões alheias à nossa vontade, o processo iniciado teve consequências contrárias, as quais, no interesse dos nossos clientes, não poderíamos aceitar", explicou Mário Ferreira.




Apesar de tudo, o Foto-Flash continua empenhado em encontrar uma outra alternativa para alargar a sua gama de serviços, mas agora "com muito mais cuidado", diz a administração. "Tínhamos um conjunto de quatro laboratórios de Lisboa em vista e o Zonelab pareceu-nos ser o que reunia as melhores condições. Foi claramente uma aposta errada e agora não podemos correr o mesmo risco".



Com a interrupção do processo de fusão com o Zonelab fica igualmente por saldar a falta de espaço nas instalações oferecidas, já que o centro de atendimento do Foto Sapo teve que regressar às instalações anteriores, na Av. Fontes Pereira de Melo, 14-A, em Lisboa.




Se entretanto o objectivo de arranjar um outro parceiro para complementar as suas áreas de negócio não se concretizar até ao final do ano, a administração do Foto Sapo promete encontrar um novo espaço que ofereça melhores para a prestação de serviços aos seus clientes.



Já num comunicado de pedido de desculpas aos clientes pela interrupção do processo de fusão, enviado por email, a administração do Foto Sapo declina qualquer responsabilidade em relação aos trabalhos entregues nas instalações do Zone Lab. "Como já não temos qualquer relação societária ou comercial com o laboratório com o qual nos estávamos a fundir, não nos poderemos responsabilizar por qualquer trabalho entregue nesse espaço", nomeadamente eventuais problemas de revelação de filmes ou danos em materiais, explica-se.



A administração do Foto Sapo refere ainda que a informação confidencial sobre os utilizadores e os serviços prestados pelo Foto-Flash continuam à guarda e do conhecimento único daquele serviço, não tendo sido cedida ao laboratório com o qual se iniciou o processo de fusão.




O Foto-Flash dirige a sua oferta ao utilizador individual com uma aposta forte na componente de serviços online, enquanto o Zonelab se destina exclusivamente ao mercado profissional de empresas e fotógrafos. Segundo as duas partes, na altura da apresentação da fusão, a mesma serviria para melhorar as condições "ao nível da qualidade dos trabalhos produzidos, de preço, de rapidez de execução e de horário alargado para levantamento dos trabalhos".



O TeK tentou igualmente contactar o Zone Lab, mas tal não foi possível até à hora de publicação desta peça.



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