O Governo está a explorar a hipótese de que as instalações da Qimonda de Vila do Conde serem usadas para instalar uma fábrica de cabos de fibra óptica.

Segundo a edição de hoje do Diário Económico, a intenção foi passada a um grupo de empresas convidadas a participar e tem vindo a ser discutida com a EDP, Portugal Telecom, REN e Cabelt.

A nova estrutura tiraria partido do know-how e da mão-de-obra que formava a empresa de semi-condutores. A ideia é criar "um parque industrial com um centro tecnológico bastante avançado", explica a fonte da informação, adiantando que se "trata de um processo bastante complexo mas que faz todo o sentido para Portugal, ou seja, uma fábrica de alta tensão capaz de produzir cabos especiais e subcondutores marítimos quer para a área de energia, quer para a área de telecomunicações".

O modelo de negócio desta nova estrutura não estará ainda definido, bem como o investimento e quem investe. Pode ser apenas uma empresa ou a totalidade das empresas convidadas a integrar o projecto.

As fontes citadas garantem que nas próximas semanas existirão desenvolvimentos no processo, que agora está em fase de análise pelas empresas. Nenhuma delas quis para já comentar a informação.

Recorde-se que a unidade de produção de células fotovoltaicas que a Qimonda se preparava para desenvolver já tem continuidade assegurada, uma solução que também passou pela EDP.