A Apple apresentou esta quinta-feira resultados que surpreenderam pela positiva. À boleia das vendas do iPhone em novos mercados e da faturação da unidade de serviços, a empresa conseguiu faturar 94,8 mil milhões de dólares no seu segundo trimestre fiscal (terminado a 1 de abril).

A soma traduz uma queda de 2,5% face ao volume de negócios realizado no mesmo período do ano passado, quando as estimativas de especialistas apontavam para um recuo superior a 4%. Os lucros da empresa liderada por Tim Cook fixaram-se nos 24,2 mil milhões de dólares.

As vendas do iPhone avançaram no trimestre em análise 1,5%, para 51,3 mil milhões de dólares, quando havia previsões de que pudessem cair mais de 3%, o que, a verificar-se, continuaria a ser uma boa prestação, face à tendência geral do mercado. Dados da Canalys apuraram uma quebra nas vendas de telemóveis durante o primeiro trimestre de 13%.

Em entrevista à Reuters, no dia de divulgação dos resultados, Tim Cook admitiu que em parte a boa performance de vendas do iPhone no trimestre resulta da angariação de novos clientes em mercados emergentes, como a Índia, onde a marca abriu recentemente a primeira loja própria.

"Ficámos entusiasmados com o nosso desempenho nos mercados emergentes", admitiu Tim Cook. "Estabelecemos recordes para a base instalada do iPhone em todas as geografias e tivemos vendas muito fortes nos mercados emergentes, particularmente no Brasil, Índia e México", acrescentou o responsável.

O segmento de serviços, onde se inserem as plataformas iCloud ou Apple Pay e outros serviços e aplicações da Apple, mas também apps de terceiros no ecossistema da empresa, foi no entanto o que mais cresceu. Terminou o trimestre com 975 milhões de subscritores (mais 150 milhões do que no ano passado) e a faturar 20,9 mil milhões de dólares, num crescimento de 5,5%.

Menos brilhantes foram os números de vendas de computadores Mac, que recuaram 30%, em linha com a queda global do mercado. Esta foi a área onde a Apple mais sentiu a retração económica nos primeiros meses do ano, efeito que também chegou às vendas de iPads, que recuaram 13%. O segmento de wearables quase conseguiu aguentar o mesmo nível de vendas do ano passado, registando apenas menos 1% de receitas.

Para o resto do ano, a Apple espera que as vendas nos diferentes segmentos continuem a ser afetadas pelo ambiente macroeconómico. Muitos analistas acreditam, ainda assim, que a empresa continuará a conseguir absorver melhor esse efeito, que muitos dos concorrentes. As previsões da própria Apple em relação às vendas do trimestre em curso, apontam para uma queda de 3%.

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