Em 2022, a Ricoh Global atingiu os 14,2 mil milhões de euros de faturação. Para estes resultados, a Ricoh Ibéria contribuiu com 340 milhões de euros, com mais de 50 milhões a pertencerem à Ricoh Portugal.

Os maiores destaques do mercado português vão para as áreas dos serviços digitais, onde registou um volume de negócios de quase 40 milhões de euros, e dos serviços de local de trabalho híbrido, com um volume de cerca de 14 milhões de euros.

Para os resultados conseguidos nos últimos anos contribuíram a aquisição da TotalStor, em 2019, e da Pamafe, no início de 2022. O objetivo estratégico no prazo de três é duplicar o valor para os 100 milhões de euros “combinando bem as três empresas que temos” - TotalStor, Pamafe e Ricoh Company -, assim como "o talento, os ativos e a base de clientes em Portugal que é muito ampla", para “posicionar-se como integradora de serviços digitais”, referiu Miquel Soler, Country Manager do Grupo Ricoh para Portugal, num encontro com os jornalistas em Monsaraz.

O responsável explicou que a intenção é "partir sempre das fortalezas" que a empresa tem e aponta oportunidades de crescimento no midmarket, "algo que tem sido trabalhado entre a Ricoh e a Pamafe", na área do printing em Lisboa, por exemplo.

Relativamente às áreas de negócio, a Ricoh Portugal está focada em crescer no mercado de cibersegurança e cloud e apostar nos managed services, managed print services e managed document services.

De momento, os planos passam pela "aposta na modernização do datacenter para a cloud, pela área da cibersegurança, que está a crescer bastante, com muita procura pelos clientes", indicou Miquel Soler. Há também a parte do posto de trabalho, mais tradicional, que tem vários projetos de apoio em curso.

"Na parte do printing, estamos a fazer uma migração de managed document services em que vamos digitalizar os processos em vez de os manter em papel, apostando na hiperautomatização, e pensamos que com o conjunto destas ofertas podemos ajudar as empresas portuguesas a serem mais produtivas", acrescentou o gestor.

Miquel Soler destacou, também, a capacidade da Ricoh Portugal trabalhar internacionalmente, com por exemplo a exportação de serviços de cloud. “Portugal continua a ser um território interessante, com o mercado a crescer, além de ter talento preparado, o que nos permite exportar de forma competitiva”.

A compra da TotalStor e a compra da Pamafe, com o desenvolvimento de soluções que inclusive estão a ser exportadas de Portugal para outras companhias Ricoh em várias geografias, foi “acertar em cheio”, afirmou por sua vez Luís Lemos.

Com o printing estagnado, sem inovação, “o mercado exigia ir para novos negócios”, referiu o Diretor da Ricoh Portugal. “Neste momento somos um integrador de serviços digitais porque conseguimos crescer rapidamente através de aquisições”, apontou, “mas bem estudadas e que levaram o seu tempo”, fez questão de sublinhar.

As aquisições são uma estratégia de crescimento que tem vindo a ser conduzida há vários anos e que vai continuar a existir, “tanto na cobertura de países, como em tecnologia”, indicou Miquel Soler.

As aquisições nunca estão fora de questão: “se for um negócio que aporte valor e fizer sentido, a Ricoh está atenta ao mercado”, acrescentou Luís Lemos.