A Ricoh prepara-se para despedir 10.000 trabalhadores nos próximos três anos, avançou hoje a fabricante de soluções de impressão e câmaras fotográficas, que assim procura evitar maus desempenhos operacionais.

Os cortes anunciados, agendados para Março de 2014, representam cerca de 10 por cento da força de trabalho da empresa, que conta actualmente com 100.000 trabalhadores a nível global: 40 mil no Japão e mais 68.900 fora do país onde se encontra sedeada.

Os despedimentos irão visar funcionários nas várias zonas geográficas onde a Ricoh está presente e nenhuma área da empresa deverá ser poupada às medidas de racionalização de recursos, afirmou o presidente da companhia, Shiro Kondo.

"Podem, por exemplo, estar dez pessoas a trabalhar em conjunto para desenvolver software que podia ser criado por duas. É preciso perceber se ter mais pessoas a trabalhar naquele projecto está de facto a acelerar as coisas", explicou o responsável numa conferência, citado pela imprensa internacional.

O presidente da Ricoh não quis detalhar quais as regiões e áreas de negócio mais afectadas e em que proporções, mas acrescentou que cerca de 15 mil colaboradores deverão abandonar as áreas em que estão a trabalhar para serem afectados a outras com maior potencial de crescimento, como os serviços de TI para clientes empresariais.

A empresa deverá também reformular ou extinguir áreas de negócio que gerem perdas.

Segundo os cálculos da companhia, a sua quota de mercado continua a crescer nos mercados emergentes, mas as compras de equipamentos de impressão e o volume de impressões em papel deverão diminuir nos países desenvolvidos - devido à tendência para um recurso cada vez menor ao papel e à "emergência" de dispositivos como os smartphones e tablets.