“Ao fim de 18 anos acordei com os sócios da Vortal sair […] terminava mais um mandato e tinha cumprido aquilo com que me comprometi no desenvolvimento da empresa”, explicou ao SAPO TEK Rui Dias Ferreira, CEO da Vortal Connecting Business. Nas metas estava a ambição de tornar a Vortal uma multinacional, líder mundial no seu sector, o que para o executivo está cumprido. “Já temos 2 terços da faturação no estrangeiro, faturámos mais de 14 milhões de euros e somos considerados pela Gartner uma das top 3 empresas mundiais no sector de contratação pública”, adianta.
O CEO vai ser substituído em janeiro por Miguel Sobral, e Rui Dias Ferreira sublinha a confiança na liderança forte de uma equipa que foi criando nos últimos anos.
A saída da liderança executiva da empresa não implica um afastamento total e o CEO vai manter 20% da posição acionista, mas sem qualquer cargo executivo. “Apetece-me fazer outras coisas”, confessou ao SAPO TEK, admitindo que quer fazer uma pausa mas que já tem vários projetos em vista, na área da mentoria de startups e também de iniciativas ligadas a escolas de negócios.
18 anos a construir plataformas eletrónicas
O eConstroi foi a primeira geração das plataformas eletrónicas de contratação pública, mas para além de ter “inventado” a contratação pública eletrónica, Rui Dias Ferreira recorda a intervenção na influência para que Portugal fosse o primeiro país com contratação pública eletrónica, com as diretivas em 2004 que entram agora em força em 2018.
“Este é um fim de ciclo, um caminho terminado. Agora há novos caminhos a percorrer”, afirma. E quais são? “Desde logo inundar os mercados com a tecnologia, porque uma coisa é haver a lei e outra é a administração pública ter de adoptar”, lembra, afirmando que é um processo lento mas que tem a confiança de que a Vortal vai ter sucesso e recolher os louros das sementes que plantou nos últimos 18 anos.
Com uma faturação de 14 milhões de euros, um crescimento de 15 a 20% de faturação nos últimos três anos, Rui Dias Ferreira diz que “suspeito que o futuro vai ser ainda melhor”.
Apesar do sucesso alcançado nem tudo foram facilidades. A lenta velocidade a que a Administração Pública se movimenta e adopta novas tecnologias foi uma das principais dificuldades enfrentadas no crescimento da Vortal. “Não tanto em Portugal, onde as coisas aconteceram rapidamente, mas no estrangeiro não é bem assim”, afirma.
As barreiras à entrada nos mercados de contratação pública eletrónica pela Europa são enormes e apesar do negócio ser digital a sua materialização passa por um processo de relação e proximidade que obriga a Vortal a estar presente, o que é um grande desafio para uma empresa com 200 colaboradores.
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