A SAP Portugal realizou esta semana o Business Forum, um evento dedicado a médias e grandes empresas com foco na administração pública - no primeiro dia - e ao universo privado, no segundo dia de encontro, que decorre hoje. As apresentações centraram-se em torno da divulgação do portfólio de produtos da empresa direccionado a estes mercados, com destaque para as soluções All-in-One, Business One, Business Suite e a plataforma de integração, NetWeaver.



Entre as soluções detalhadas, o Business One é a mais recente aposta da empresa, que disponibiliza a solução para Portugal desde Novembro do ano passado, contando até data com 15 clientes. O SAP Business One é um ERP integrado que se adequa a pequenos negócios ou a participadas e filiais de grandes empresas com menor dimensão e localizadas em zonas remotas. Permite a integração com outras soluções da companhia e garante a gestão e tratamento de informação a nível central, dotando as unidades mais pequenas de um conjunto de ferramentas de gestão tipicamente dirigidas a organizações mais complexas", explicou à audiência Vítor Bezelga, Product Manager da SAP. Lançado no final do primeiro trimestre do ano passado o NetWeaver foi outra das apostas SAP neste evento mostrada como uma plataforma que permite a integração dos vários sistemas de informação de uma empresa.



As características das soluções foram transmitidas através de apresentações levadas a cabo por clientes SAP onde se incluem Grupo Pestana, a TAP, a Câmara Municipal de Lisboa e Central de Cervejas.



José Duarte, director-geral da SAP para a região sul EMEA, adiantou que entre as prioridades da empresa para este ano, a nível nacional, está a intenção de contribuir para o aumento das verbas aplicadas pelas empresas à inovação. José Duarte apresentou estimativas dos gastos das empresas nacionais em tecnologias e inovação que revelam a fraca aposta do tecido empresarial nesta matéria. Segundo estes dados, 60 por cento da verba disponível para tecnologias de informação e inovação é empregue pelas empresas na operação dos actuais sistemas de informação, contra 30 por cento direccionados para pequenas melhorias e apenas uma média de 5 a 10 por cento se destina realmente à inovação.



Atendendo às previsões apresentadas pela SAP o mercado tende a evoluir para uma nova forma de equilíbrio, o que resultará num aumento das verbas aplicadas à inovação num espaço de três a quatro anos. Neste cenário a verba utilizada na operação dos sistemas de informação irá diminuir para os 35 a 40 por cento do total de capital disponível, enquanto as verbas dirigidas a pequenas releases rondará os 20 a 25 por cento, fazendo ascender os montantes alocados à inovação para 40 por cento do orçamento disponível.



João Paulo Silva, director de marketing da SAP explicou ao Tek que o evento está a superar as expectativas da empresa em termos de participações detalhando que os três principais objectivos que levaram à sua realização foram a "fidelização dos actuais clientes, mostrar a oferta da empresa no que respeita à inovação poupando custos e mostrar a força do ecossistema SAP".



Segundo o mesmo responsável a Administração Pública continua a ser uma das peças fundamentais da estratégia da SAP para Portugal este ano. A empresa admite ter sentido um abrandamento dos investimentos em sistemas de informação, ao longo do ano passado que espera seja ultrapassado em 2004.



O Business Forum serviu ainda para apresentar o resultado de um encontro promovido pela APDSI - Associação para a Promoção e Desenvolvimento as Sociedade da Informação, em parceria com a SAP, sobre a situação do e-Government em Portugal. Segundo o documento, que resulta do workshop realizado em Novembro passado, "é necessário apostar em abordagens transversais nas diversas iniciativas e projectos de e-Government que visem processos e reengenharia dos mesmos".



As conclusões apuradas pela APDSI apontam para a necessidade de ser seguida uma "lógica de comando descendente para facilitar a implementação dos projectos de e-gov", tendo também sido alinhados alguns dos principais obstáculos ao sucesso dos projectos de e-Gov. Segundo a associação fazem parte da lista a dificuldade de cruzamento de informação entre as diversas entidades, o que evidencia problemas relacionados com protecção de dados pessoais e violação da privacidade.



O estudo apresentado faz ainda alusão a projectos em curso como a telemedicina, para concluir que embora os resultados sejam positivos não existe uma autoridade coordenadora e reguladora deste tipo de iniciativas, com competência para definir uma estratégia adequada nesta matéria.


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