O volume de vendas de bens tecnológicos na Europa caiu para os 46,2 mil milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, menos 5,1% que no mesmo período de 2011, segundo os últimos dados da GfK.

De acordo com a empresa de estudos de mercado, o decréscimo sentiu-se em todos os sectores, com os da eletrónica de consumo e fotografia a registarem as piores quebras- ambas de dois dígitos: 17% e 12%, respetivamente. A única exceção são as telecomunicações, onde se verificou um aumento na ordem dos 7,5%.

Com as vendas a situarem-se nos 5,3 mil milhões de euros para os primeiros três meses de 2012, Portugal e o Reino Unido são apontados como os únicos países onde o crescimento face a 2011 não chegou a atingir os dois dígitos.

O bom desempenho do sector das Telecom fica principalmente a dever-se à procura de smartphones, afirmam os analistas, que destacam, a par de uma quota crescente de equipamentos com características como ecrãs acima das 4 polegadas e câmaras com mais de 5 megapixéis e capacidade de captar vídeo HD, o surgimento de cada vez mais modelos de gama média, que ajudam a democratizar o segmento. Antecipam por isso que a procura por smartphones se mantenha elevada.

Na área das Tecnologias de Informação o decréscimo foi de 1,9%, com o volume de vendas a cair para os 14,1 mil milhões de euros, embora na Áustria, Holanda e Reino Unido se tenham verificado evoluções positivas do mercado. Nos restantes países a procura não terá resistido à subida dos preços, avançam os analistas da GfK, que também apontam a "falta de inovações nos segmentos de computadores portáteis e de secretária".

A área dos ultrabooks foi nomeada como uma das que apresenta potencial de crescimento, embora "não deva ser capaz de revitalizar o sector das TI na sua totalidade". Os especialistas, esperam ainda assim que o sector registe um "ligeiro crescimento" na segunda metade do ano.

Para a globalidade do mercado de bens tecnológicos na Europa (Ocidental), os analistas esperam uma "recuperação parcial", a ter lugar durante os últimos seis meses de 2012.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes