A Siemens, a PT Inovação e um conjunto de seis entidades de investigação - INESC ID, INESC Porto, ADETTI, FFCUL, INOV e UNI Nova - juntaram-se hoje para assinar um protocolo de cooperação para a área de investigação.



O grupo pretende lançar as raízes de um cluster nacional para a área das Tecnologias da Informação com capacidade reforçada para participar em programas de investigação de dimensão internacional e apoiar a concretização de projectos em curso por aquelas entidades, disponibilizando as ferramentas necessárias para que se transformem em produtos.



Na cerimónia, que contou com a presença do Secretário de Estado para a Ciência e Inovação, Pedro Sampaio Nunes, os parceiros debateram a necessidade de aproximar a investigação académica da realidade empresarial, privilegiando os esforços de investigação comercializáveis e valorizando a apreciação da indústria nas decisões de investigação.



Faz também parte dos propósitos do grupo vir a ter um papel preponderante no apoio à definição de políticas nacionais e europeias de I&D e na canalização para Portugal de fundos para o desenvolvimento da ciência e tecnologia.



A ideia, para a formação do cluster, surgiu de conversas entre os vários membros da iniciativa que constaram a necessidade de agir em conjunto no sentido de garantir uma participação portuguesa mais forte nos projectos de investigação com dimensão internacional, explicou ao TeK João Picoito, administrador da Siemens Portugal.



As entidades insistem na necessidade de criar uma voz única em termos de investigação na área das TI fora do país, que permita renovar os exemplos de sucesso e aumentar o número de patentes registadas.



Leonor Almeida, directora geral da Siemens para a área de R&D Mobile e E2E Solutions, considera que Portugal tem condições privilegiadas para assumir um papel mais relevante na investigação a nível europeu. Além dos custos serem ainda reduzidos, face a outros países da Europa, há ainda um sentimento high tech que temos de aproveitar.



O grupo não está fechado e admite integrar outros parceiros quer a nível de empresas, quer ao nível das universidades e instituições de investigação. A escolha dos 10 parceiros iniciais é justificada pela experiência das várias entidades em projectos de investigação.



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