A aplicação de mensagens que se “autodestroem” pode vir a entrar no mercado de ações dos EUA durante os próximos meses. Fontes não identificadas da Reuters indicam que o Snapchat já entregou à autoridade reguladora norte-americana uma proposta inicial para venda de ações.

Tudo isto foi feito sob o maior secretismo, visto que, segundo consta, empresas com receitas inferiores a mil milhões de dólares podem submeter propostas de venda de ações “em segredo” para testar o mercado e saber “para que lado sopra o vento” antes de formalizar a abertura de capital, sem atraír muita atenção nem revelar grandes pormenores acerca da performance do negócio.

Durante os últimos anos, o Snapchat tem estado debaixo do “olho que tudo vê” do Facebook, que chegou mesmo a avançar com uma proposta de aquisição da app em 2013 no valor de 3.000 milhões de dólares. Mas o Snapchat recusou a oferta de Mark Zuckerberg.

Desde então a maior rede social do mundo tem procurado alternativas. E, este verão, encontrou a Snow. Contudo, também a homóloga chinesa do Snapchat rejeitou a proposta do Facebook.

Mas com a notícia de que o Snapchat pode estar prestes a ser cotado no mercado bolsista norte-americano, talvez a rede de Zuckerberg volte para a linha da frente dos “pretendentes”.

A entrada do Snapchat na Bolsa norte-americana será a maior desde que a Alibaba, em 2014, se estreou como empresa pública, avaliada em 170,9 mil milhões de dólares.

Apesar do comprovado interesse do Facebook, o Snapchat pode estar no radar de outros colossos do mundo tecnologia. Por exemplo, o braço de capital de risco da Alphabet – a empresa-mãe do Google – fez um investimento na aplicação, mas ainda não foi oficialmente anunciado. No entanto, pode sugerir que a Alphabet está de olhos postos na app e que pode ser um dos interessados na aquisição do serviço.