A Tesla assinou um acordo com bancos chineses para um empréstimo a cinco anos no valor de 1,4 mil milhões de dólares. O valor será utilizado não só para abater uma dívida já existente, mas também para reforçar a produção na terceira fábrica da marca norte-americana fora dos Estados Unidos.
De acordo com fontes internas a que a Reuters teve acesso, o China Construction Bank, o Banco Industrial e Comercial Chinês, o Banco Agrícola da China e o Banco de Desenvolvimento Shanghai Pudong estão entre as entidades presentes no acordo. Ainda neste ano, as instituições tinham já concedido um empréstimo a 12 meses de 3,5 mil milhões de dólares à fabricante norte-americana de automóveis. As fontes afirmam que parte do empréstimo tem como fim saldar a dívida da empresa para com as instituições bancárias, a qual vencerá a 4 de março de 2020.
O restante montante tem em vista o reforço das operações da Tesla no país. Perante a intensa guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, com a imposição de elevadas tarifas sobre produtos chineses e com uma retaliação chinesa com taxas às importações de automóveis norte-americanos, a aposta da Tesla no mercado chinês poderá trazer-lhe alguns benefícios. Ao produzir na China, para além de usufruir do reduzido valor da mão-de-obra local, a Tesla poderá evitar as taxas de importação impostas por Donald Trump.
Em julho de 2018, a empresa liderada por Elon Musk anunciou que fechou um acordo com as autoridades chinesas locais para a construção de uma mega fábrica em Xangai, tendo em vista a produção de 500 mil veículos elétricos por ano para os consumidores chineses dentro de um prazo de dois ou três anos.
Em novembro deste ano, a Tesla anunciou os seus planos para construção de uma quarta Gigafactory em Berlim, prevendo a sua finalização em 2021. Recorde-se que Elon Musk passou os últimos quatro anos a sugerir a abertura de uma fábrica na Europa, sendo que a possibilidade de Portugal vir a servir de destino para a mesma levou um grupo de 47 mil entusiastas a formar-se no Facebook para ajudar a atrair a gigante norte-americana para o país. No entanto, há cerca de um ano que se fala do facto de a empresa estar em conversações com a Alemanha e a Holanda, sendo que a indústria automóvel do país germânico terá sido um argumento de peso para a tomada de decisão.
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