O Twitter anunciou esta quinta-feira o crescimento financeiro menos acentuado da empresa desde que abriu o seu capital ao investimento público em 2013.

Com a publicação dos resultados referentes a outubro, novembro e dezembro do último ano, a rede social mostra que as suas receitas aumentaram apenas 1%, falhando a meta estimada pelos analistas, e afundando, em consequência, o valor das ações da empresa em 10% para 16,81 dólares.

Com uma faturação na ordem dos 712,2 milhões de dólares, aquém dos 740 milhões previstos, o Twitter sofreu sobretudo com a redução das receitas provenientes da publicidade. Citado pela Reuters, o analista Michael Pachter, da Wedbush Securities, justifica este valor com uma migração exponencial para o Facebook onde as receitas aumentaram cerca de 3 mil milhões de dólares face a 2015.

"Eles vão ter de convencer os anunciantes que vão conseguir chegar a uma audiência em expansão ou, caso contrário, terão muitas dificuldades em competir pelo dinheiro [que está a ser gasto em publicidade]".

Apesar da desconfiança dos investidores, o CEO, Jack Dorsey, revelou-se otimista quanto ao crescimento da base de utilizadores ativos. Em comunicado, o Twitter escreve que a média de utilizadores ativos por mês cresceu em cerca de quatro pontos percentuais, para os 319 milhões, um valor que, ainda assim, fica abaixo das previsões em 600 mil utilizadores.