Um mês depois da entrega do prospeto na Securities and Exchange Commission (SEC), a Uber finalmente entrou em Wall Street e já está cotada na bolsa de valores de Nova Iorque. A empresa de mobilidade informou a entidade de que dispunha de 91 clientes em todo o mundo, tanto no serviço de transporte de pessoas como a entrega de comida, embora tenha acumulado no ano passado um prejuízo de 1,6 milhões de euros.
A partir desta sexta-feira a empresa passa a figurar nas cotações da bolsa americana, notou-se, porém, na cerimónia de lançamento a ausência do seu controverso ex-CEO e um dos cofundadores da empresa, Travis Kalanick, que segundo o Mashable não foi convidado, para evitar um ambiente tóxico entre as figuras da direção, agora liderada por Dara Khosrowshahi.
A Uber arrancou as suas operações na bolsa com as ações a valerem 42 dólares, um valor abaixo do IPO de 45 dólares. É referido que Travis Kalanick detém 117 milhões de ações da empresa, enquanto a sua atual CEO apenas tem 200 mil.
As receitas da Uber em 2018 fixaram-se nos 11,3 mil milhões de dólares, num crescimento de 42%, que revela uma evolução mais lenta que a do ano anterior, quando a faturação mais do que duplicou. O resultado líquido, contabilizando o efeito da venda de operações foi de 997 milhões de dólares.
De recordar ainda que a Lyft, a rival da Uber, entrou em bolsa em março, com cada ação a valer 72 dólares (o teto máximo do intervalo previsto), colocando a empresa a valer 24,3 mil milhões de dólares. A empresa arrecadou 2,34 mil milhões de dólares com o IPO. Quando a Uber entregou o propesto, a Bloomberg estimou que a Uber pudesse angariar 10 mil milhões de dólares.
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