Embora só planeie regressar às viagens espaciais comerciais em 2026, a Virgin Galactic já delineou os próximos passos e fez as contas à futura estratégia, na ambição de liderar o mercado emergente do turismo espacial.

Na recente divulgação de resultados financeiros, apresentou os seus planos para o período que se seguirá ao lançamento das naves espaciais de classe Delta. Após uma fase inicial de adaptação, a empresa prevê ter a capacidade de realizar aproximadamente 125 voos espaciais por ano.

Cada nave poderá transportar seis clientes, o que resultará na viagem de cerca de 750 pessoas ao espaço anualmente. Com os bilhetes a custarem um preço médio de 600 mil dólares, a projeção de receita anual nesta fase inicial é de 450 milhões de dólares.

No entanto, as ambições da Virgin Galactic vão além dessa fase inicial. A empresa está a pensar num modelo de operação alargado, que contará com uma frota composta por quatro naves espaciais e dois aviões-mãe, todos a operarem a partir de um único espaçoporto.

Com essa estrutura ampliada, as estimativas passam para a realização de até 275 voos por ano, o que poderia gerar uma receita anual de 990 milhões de dólares.

Recorde-se que o veículo de turismo espacial VSS Unity foi “reformado” após o seu sétimo voo, no passado mês de junho. A nave levou um piloto e quatro passageiros a uma altitude de 57,4 milhas, logo abaixo da linha Kármán (62 milhas), comumente considerada o limite do espaço.

Recorde alguns dos voos da Virgin Galactic na galeria

A Virgin Galactic agora está a construir dois veículos maiores que chama de classe Delta, igualmente mais rápidos, com os quais espera então voar em 2026. Ao mesmo tempo, está a reformar a aeronave de lançamento Eve, com 20 anos.

O primeiro o voo espacial da empresa foi feito com o próprio mentor Richard Branson a bordo, em julho de 2021.

Veja o vídeo do anúncio, lançado uns dias antes: