A investigação que o regulador da aviação dos Estados Unidos está a realizar ao voo que levou o bilionário Richard Branson ao espaço no passado dia 11 de julho foi conhecida esta quinta-feira, 2 de setembro. 

A notícia foi avançada pela The New Yorker e desde logo desvalorizada pela empresa. Referia que durante o voo de descida da missão espacial que transportou o bilionário, durante mais de um minuto o foguetão esteve fora da zona aérea que lhe tinha sido reservada, devido a problemas de precisão nas manobras de subida e descida que fizeram soar um alarme vermelho à tripulação. 

A Federal Aviation Administration confirmou primeiro a investigação e horas mais tarde decidiu suspender os voos do veículo, até concluir a investigação em curso e alegando precisamente condições de segurança. 

Autoridades americanas investigam segurança do voo que levou Richard Branson ao espaço
Autoridades americanas investigam segurança do voo que levou Richard Branson ao espaço
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Num comunicado, a FAA explica que a Virgin “não pode voltar a voar com a SpaceShipTwo até que a FAA aprove o relatório final da investigação ou determine que o incidente não afeta a segurança pública”. A agência também refere que "a FAA é responsável pela proteção do público durante as operações de lançamento e reentrada do transporte espacial comercial”.

As declarações e a decisão de suspender os voos da SpaceShipTwo surgiram no mesmo dia em que a Virgin começou a divulgar detalhes sobre o próximo voo da missão Unity e da sua tripulação. 

Antes disso, a empresa tinha dito que a investigação da FAA não terá impacto nos seus próximos voos de testes, mas o que é certo é que o próximo está marcado já para o próximo mês. Neste próximo voo de teste devem viajar três membros da Força Aérea italiana. 

A falha durante o voo de Richard Branson (relato nas fotos) foi detetada pelo sistema de voo na subida ao espaço e avisou os pilotos que o foguetão não estava a subir suficientemente na vertical para poder garantir a segurança da descida, que é feita a planar. Várias fontes consultadas pela The New Yorker, confirmaram a gravidade do alerta e o potencial de acidente, quando o aviso é emitido. A Virgin desvalorizou e garantiu que o vento forte obrigou a ajustar a rota, mas que isso foi feito sem pôr em causa a segurança e dentro dos procedimentos previstos.