O voo que levou o milionário Richard Branson ao espaço no passado dia 11 de julho está a ser investigado pelo regulador da aviação dos Estados Unidos, a Federal Aviation Administration.
Em causa está a segurança da viagem, que durante um minuto e quarenta e um segundos terá saído da zona de voo que lhe tinha sido destinada, em resultado do que pode ter sido uma falha de precisão no sistema de ascensão e descida do foguetão, que fez soar o sistema de alarmes.
Este espaço concedido a cada voo tem como objetivo garantir a segurança do próprio voo e prevenir acidentes com outras aeronaves ou objetos nas imediações daquele espaço aéreo. A Virgin Galatic já disse que a segurança dos tripulantes nunca esteve em causa, embora tenha admitido que a empresa de viagens espaciais está a trabalhar com a FAA para mitigar a questão.
Numa declaração, a Virgin explica que durante a viagem foi preciso reajustar a trajetória por causa do vento. “Os nossos pilotos responderam adequadamente a estas alterações das condições de voo exatamente como foram treinados e em estrita conformidade com os nossos procedimentos estabelecidos”, garante a empresa.
“Embora a trajetória final do voo se tenha desviado do nosso plano inicial foi uma trajetória de voo controlada e intencional, que permitiu à Unity 22 alcançar com sucesso o espaço e aterrar em segurança no nosso porto espacial no Novo México”, acrescenta a mesma declaração, frisando que “em nenhum momento os passageiros e a tripulação foram colocados em qualquer perigo, resultante desta mudança de trajetória".
Na notícia que deu conta da investigação, a revista The New Yorker explica que enquanto subia a nave não manteve sempre a posição vertical com a precisão que era suposto, para depois poder garantir o impulso certo para a descida, que é feita a planar, num movimento que replica o da água a entrar no esgoto. "A luz era um aviso aos pilotos e indicava que a sua trajetória de voo era demasiado rasa e que o nariz da nave não estava suficientemente na vertical", refere esta fonte.
O jornalista da revista garante que as conclusões são suportadas em contactos com oito fontes ligadas ao programa espacial da Virgin segundo as quais, quando este alarme soa (“entry glide-cone warning”) são más notícias e o tempo para corrigir o erro e voltar a uma trajetória de segurança pode já não existir. A Virgin garante que as conclusões são alarmistas e erradas e acrescenta que o foguetão não chegou a sair dos limites laterais de zona de segurança do voo.
À Reuters, a FF já confirmou o desvio na descida e a investigação do incidente. Veja ou revela abaixo, as imagens da missão que levou Richard Branson ao espaço.
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