Em cinco anos aquele que é já considerado um dos maiores eventos de empreendedorismo e inovação passou de uma audiência de 400 para 30 mil participantes. Oradores são agora mais de mil e startups com direito a subir ao palco para se apresentar a uma plateia recheadas de investidores são 200. Pelo espaço de exposição passa um número muito maior de novos projetos que querem dar-se a conhecer.
Este ano rumam à Irlanda, à procura de visibilidade, novos parceiros ou investimento, 33 startups portuguesas. A Facestore é uma repetente. No ano passado foi convidada pela organização a expor no evento. Este ano quis repetir a experiência e volta a Dublin com um extra, conseguiu um lugar entre as 200 empresas escolhidas para fazer uma apresentação (pitch) a investidores, num dos três palcos criados para o efeito.
Paulo Barbosa, CEO, segue para Dublin cheio de otimismo já que em 2014 a plataforma de criação de lojas no Facebook despertou muito interesse entre a audiência e da presença no evento saíram algumas parcerias.
Nesta segunda passagem pelo Web Summit, a Facestore faz o lançamento da plataforma para o Reino Unido, o maior e mais dinâmico dos mercados europeus no domínio do comércio eletrónico. Mesmo só com uma versão para Portugal, o serviço já é usado por algumas empresas estrangeiras, mas a startup avança agora com uma versão localizada para o mercado britânico e concretiza a primeira grande aposta na internacionalização do produto.
É um mercado onde a concorrência é forte, mas Paulo Barbosa acredita que as especificidades da Facestore vão dar nas vistas. São muitas as soluções que permitem criar facilmente lojas online, mas são menos as que ajudam as empresas a dar este passo em perfeita sintonia com as redes sociais.
A Facestore tem-se concentrado na integração com o Facebook, mas tem explorado outros ambientes, como o Instagram e o Pinterest. Em breve lança uma solução que permitirá fazer compras diretamente a partir desta última aplicação, carregando apenas num botão associado a determinada imagem.
A passagem da Facestore pelo Web Summit serve para mostrar novidades, mas a empresa também procura investidores que tragam fôlego à expansão internacional do projeto, que nasceu para ajudar qualquer consumidor interessado em criar uma loja no Facebook, mas que redirecionou a proposta para o mercado empresarial. Pelo caminho ajudou a criar 15 mil lojas no Facebook. Até final quer chegar às 18 mil.
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As startups do Web Sumit não são todas iguais. Há Alphas e Betas
As startups que expõem no Web Summit são selecionadas pela organização entre os milhares de candidaturas recebidas e são divididas em dois grupos: Alpha ou Beta. No primeiro grupo estão as que até à data angariaram menos de 500 mil euros de investimento. As Beta conseguiram atrair investimentos superiores a meio milhão de euros e até 3 milhões de dólares. Mas há exceções. A organização, se assim entender, pode convidar (e convida) startups Alpha a integrar a categoria Beta, abrindo-lhes a oportunidade de ter uma exposição maior no evento.
A Facestore está no grupo Alpha, tal como a Nuada que acaba de concluir o protótipo funcional de uma luva que promete devolver todos os movimentos a quem, por questões de saúde, tenha perdido força na mão.
O Web Summit será a primeira grande montra da tecnologia desenvolvida pela Nuada, que ao longo do último ano esteve concentrada no desenvolvimento do protótipo e na realização dos ensaios clínicos que permitiram concluir a fase de testes e alinhar uma meta para o lançamento da versão comercial do produto: o primeiro semestre de 2016.
Vítor Crespo, CEO da empresa, explica que a startup vai a Dublin "à procura de smart money", um parceiro estratégico que invista na empresa trazendo valor acrescentado à fase que se segue e que a Nuada identifica como a de maior risco, que é a produção industrial da luva. A estratégia para esta fase está definida e já estão identificados parceiros para fabricar o produto, mas a startups acredita que os contactos a que se irá expor no Web Summit podem abrir portas a alternativas mais interessantes.
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Um palco privilegiado para encontrar investidores e parceiros
Quando começar a produzir a luva a Nuada terá sobretudo no horizonte os mercados da União Europeia e dos Estados Unidos e para lá chegar precisa de distribuidores. Acredita que o Web Summit pode ajudar.
As parcerias também são uma prioridade na estreia da Loqr no Web Summit, que em 2016 vai trocar Dublin por Lisboa e por cá continuará durante três anos. A organização promoveu um concurso para abrir horizontes e levar o evento a outras capitais europeias, a portuguesa ganhou.
"Queremos sobretudo dar a conhecer o produto e receber feedback", sublinha Ricardo Costa, fundador e CEO da Loqr, que existe formalmente apenas desde agosto. O público que passa pelo evento é o tipo de massa crítica que a startup portuguesa quer ter a comentar e a partilhar ideias sobre a solução de autenticação que desenvolveu há poucos meses. Mas a expectativa da participação também passa pelo estabelecimento de contactos que ajudem a chegar a novos mercados.
O roadshow que a empresa acaba de fazer aos Estados Unidos foi um bom treino para o Web Summit, reconhece Ricardo Costa. Foi uma oportunidade para fazer contactos e desenvolver a capacidade de síntese nas apresentações com potenciais investidores. Resultou da participação no programa de aceleração da Startup Braga nos meses anteriores.
A Loqr foi uma das cinco startups portuguesas selecionadas para subir ao palco das apresentações do Web Summit e fazer um pitch. No mesmo "barco" estão, além da Facestore, a PIC, a Cuckuu e a BGuest. As suas últimas competem pelo Beta Award, as outras três estão na categoria Alpha. Todas terão oportunidade para mostrar ao que vêm pelo menos uma vez, mas podem repetir a experiência. Ao longo dos três dias de evento (3 a 5 de novembro) vão ser escolhidas as melhores apresentações de cada um dos três palcos, nas duas categorias que dividem as startups com direito a pitch. Daí saem os finalistas que chegam ao grande palco, onde será escolhida a melhor apresentação e o melhor projeto. Em 2014 a vencedora foi a portuguesa Codacy.
As empresas portuguesas que vão passar pelo Web Summit em 2015 são estas:
BeyonDevices
Wildsmile
PIC
CARE-ON
Facestore
Flykt
VEEDEEO
Inovamatic
SPEAK
Wetrig - the system for systems
B-Guest
Cuckuu
Displr
begin.media
boomApp
SCCOND
ChangeTomorrow
Buddy for Sports
Nutsoft
Opz.io
Wondeotec
School Embassy
TeamOutLoud
Nuada
SigmaCommerce
Tap My Back
City Guru
LACS-Lisbon Art Center & Studios
YCLIENT
Bica Studios
Junbi
ezConferences
Loqr
Nota de redação: O artigo foi alterado para incluir mais uma startup portuguesa, que não constava da lista fornecida ao TeK pela organização do evento, mas que está entre as empresas que chegam ao Web Summit na sequência de um convite dos promotores da conferência. A Cuckuu também se vai mostrar em Dublin e subir ao palco para dar a conhecer uma aplicação que permite criar e gerir alarmes e lembretes de forma divertida e inovadora.
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