As "hostilidades" do Web Summit arrancaram com ideias inovadoras de pequenas startups espalhadas pelo mundo, que pretendem desenvolver negócios baseados, sobretudo, nas necessidades da sociedade. Foram 13 empresas as que em poucos minutos tiveram de “vender” as suas ideias a uma plateia bem composta de potenciais empreendedores. Entre os nervos do cronómetro que limitava as intervenções, e as ideias mais ou menos alinhavadas, houve propostas muito diversificadas.
Veja-se o exemplo da Koru Kids, uma startup que pretende oferecer serviços de baby sitting através de uma app para as famílias ou empresários que não têm muito tempo para tratar das suas crianças. O sistema tem algoritmos avançados que escolhe as melhores amas para as necessidades dos pais. E a The Pasta Haters, que tem como missão tornar o mundo mais limpo, ao disponibilizar uma plataforma onde as pessoas podem facilmente comprar e vender os seus bens em segunda-mão ou produtos “vintage”, evitando que estes sejam deitados no lixo.
Outras empresas procuram explorar o negócio da burocracia, neste caso diminuir o tempo e custos para abrir uma empresa. A Huckleberry pretende acabar com os longos formulários e intermediários, utilizando BIG data e machine learning para a criação de uma aplicação personalizada a cada entidade. E se quiser investir em criptomoedas e não entende o negócio, a CoinBundle oferece pacotes de moedas virtuais e acesso a créditos bancários caso não tenha dinheiro disponível para aplicar. Uma startup apresentou uma ideia ligada ao acesso instantâneo de seguros de viagem, por exemplo, através de uma aplicação. Pode alugar um carro e adquirir um seguro para apenas um dia na solução da Curva, uma plataforma que dispensa intermediários, refere o seu fundador.
Já a Wayve tem o sonho de tornar a sua solução de robótica e machine learning num sistema de condução autónoma. Segundo foi apresentado, o seu sistema consegue ensinar um “automóvel” a conduzir muito rapidamente através de erros e correções rápidas. A empresa acredita que será a primeira a chegar a 100 grandes cidades.
Muito curiosa é a startup We Farm, que pretende oferecer ajuda aos milhões de pequenos agricultores, espalhados pelo globo, que não têm acesso à internet. A sua solução é solucionar problemas dos trabalhadores, através de sistemas de perguntas e respostas, mesmo em offline, através de mensagens de telefone. A empresa já conta com 1,2 milhões de clientes, ajudando-os a lidar, por exemplo, com doenças e remédios das suas plantações.
Por fim, ainda houve espaço para uma empresa portuguesa desenvolver a sua ideia, a HUUB. Trata-se de uma plataforma de colaboração entre parceiros empresariais, facilitando experiências como a logística e serviços através de um produto com subscrição mensal.
O Web Summit 2018 arrancou esta segunda-feira e vai prolongar-se até à próxima quinta-feira, dia 8 de novembro, com vários palcos a funcionarem, por onde vão passar centenas de oradores. Acompanhe tudo o que se passa com o SAPO TEK.
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