A WeDo Consulting obteve em 2006 receitas consolidadas de 25,7 milhões de euros, um resultado 4,7 por cento superior ao obtido no ano anterior. Em termos de encomendas, o ano que passou foi bastante proveitoso para a consultora uma vez que registou um crescimento de 24 por cento neste segmento, fixando-se acima dos 30 milhões de euros.



Estes resultados são o reflexo da forte procura sentida no mercado internacional, onde se contabilizou um aumento da quota de encomendas de clientes fora do Grupo Sonae para 49 por cento, face os 40 por cento registados em 2005.



Em termos de receitas totais crescimento da empresa foi mais moderado, cerca de cinco por cento. Em causa está a baixa performance registada no mercado da América Latina, referiu Fernando Videira, CFO da WeDo, em conferência. Mesmo assim, as receitas no mercado internacional cresceram 10 por cento, isto porque, passaram a ser incluídos dois mercados nas contas da empresa: a Ásia e a África.



As receitas fora do grupo obtiveram um aumento de 15 por cento, o que mantém a tendência crescente nos dois últimos anos.



De acordo com a WeDo, quanto ao EBITDA, a consultora obteve 3,6 milhões de euros, o que se traduz num crescimento de 5,8 por cento, um valor perfeitamente alinhado com o crescimento das receitas. Apesar da aposta nos mercados internacionais a margem EBITDA manteve-se nos 14 por cento, ou seja, a rentabilidade da empresa permaneceu estável.



Apesar de ter sofrido uma quebra de 35 por cento em Free Cash Flow, a empresa manteve resultados positivos em 2006, isto porque, segundo os responsáveis, o ano anterior havia sido diferente e "com muitos efeitos extraordinários".



Seis anos após o início da sua actividade, a consultora do grupo Sonae.com assume cada vez mais a vontade de apostar no mercado internacional. Como tal, a procura de empresas no estrangeiro, para possível fusão ou aquisição, tem sido uma prática habitual na estratégia da companhia. Em 2007 a empresa crê que o peso do mercado internacional atinja os 55 por cento nas receitas obtidas. Por sua vez, o crescimento total da empresa ser de 10 por cento ao longo do ano.



Neste sentido, a consultora vai evitar entrar em mercados onde a oferta já está bastante desenvolvida. A aposta assenta em empresas que complementem os produtos já desenvolvidos pela WeDo, que estejam inseridos nas localizações chave já definidas, que não possuam venture capital associado e que tenham EBITDA positivo, afirmam os responsáveis da organização.



O reforço do posicionamento da WeDo no estrangeiro valeu à empresa a abertura de novos escritórios, em Paris e Barcelona, e a conquista de novos negócios em 2006, nomeadamente com as operadoras AIS, da Tailândia, com a Telekomunikacja Polska S.A, da Polónia e a Brasil Telecom.



Para dar continuidade aos resultados obtidos no ano passado, a estratégia da WeDo para 2007 passa por consolidar as ligações que mantém com os clientes actuais e crescer nos países onde marca presença.



Enquadrar a oferta em torno da gestão de receitas e desenvolver competências na gestão da relação com o cliente são alguns dos trunfos, numa altura em que a consultora prepara-se para fechar uma nova aquisição e pretende abrir novos escritórios no Egipto e na Tailândia. A consolidação da oferta em em Revenue Management é outro dos objectivos da empresa que, ao longo do ano, pretende lançar uma nova solução de gestão de fraude (ainda por confirmar) e novos módulos para segmentos fora das comunicações.

Notícias Relacionadas:

2006-02-15 - 3GSMWorld recebe maior número de expositores portugueses

2005-03-01- Resultados financeiros da WeDo Consulting melhoram em 2004 e reforçam aposta na internacionalização