Ainda se lembra do tempo em que era possível consultar nas Páginas Amarelas os contactos de pessoas e empresas? Atualmente as leis de proteção de dados impedem a oferta deste tipo de serviços, sobretudo de pessoas privadas. Mas para as empresas, a facilidade na procura de serviços ou lojas será uma possibilidade que o WhatsApp quer explorar através de um diretório na aplicação.
E os testes já começaram em São Paulo, no Brasil, permitindo aos utilizadores da rede social pertencente ao Facebook encontrar serviços ou estabelecimentos comerciais na app. O objetivo, claro, é puxar pelo desenvolvimento no e-commerce na plataforma.
Em entrevista à Reuters, o vice-presidente para os negócios de messaging do Facebook, Matt Idema, refere que esta poderá ser a forma primária das pessoas começarem o seu processo de compras. Por não ter publicidade na app como o Facebook ou Instagram, o WhatsApp procura desta forma tornar-se mais rentável, ao mesmo tempo que facilita a vida aos seus utilizadores. Até porque o executivo da empresa diz que vê constantemente as publicidades em websites ou no Facebook a trazer os seus clientes para o WhatsApp, como ferramenta de conversação.
É referido que o WhatsApp tem vindo a aumentar a ligação às empresas, fornecendo uma aplicação especializada para as mais pequenas ou mesmo a API ou software de interface para os grandes negócios que permitem ligar os seus sistemas. Em alguns territórios foram lançadas ferramentas de compras, tais como catálogos de produtos e carros de compras.
Para já, o novo diretório de endereços está a ser testado em algumas regiões de São Paulo, abrangendo milhares de negócios espalhados por diferentes categorias, desde a comida, ao retalho e serviços locais na cidade. O teste poderá depois expandir-se para países como a Índia e indonésia.
Considerando que o WhatsApp está a braços com uma multa imposta pela Irlanda por violar proteção de dados, diz que não ficará com o registo da localização das pessoas que procurarem os serviços e os respetivos resultados nesta nova funcionalidade.
Matt Idema é pragmático ao referir que o modelo de negócio utilizado no Facebook usando anúncios será adotado a longo prazo pelo WhatsApp. E refere que mais de um milhão de anunciantes do Facebook e Instagram utilizam publicidade para levar os seus clientes e seguidores para o WhatsApp. Até agora, e desde que o Facebook comprou a rede social em 2014, tem vindo a “marcar passo” na monetização da plataforma, ficando-se pelas soluções de software que têm ajudado as empresas.
Em outubro de 2020, o WhatsApp referiu que 175 milhões de pessoas enviaram mensagens a contas do WhatsApp Business diariamente, no contexto do confinamento devido à pandemia. “As pessoas preferem enviar mensagens a empresas para obter ajuda e que a probabilidade de fechar compras é muito maior quando a opção de enviar mensagens está disponível”, salienta a empresa.
O Brasil e a Índia têm servido como “tubo de ensaio” às novas funcionalidades do WhatsApp, possibilitando pagamentos através da app, assim como enviar dinheiro a amigos ou família.
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