
Em comunicado, a empresa afirma que, através desta opção, os utilizadores poderão encontrar novos negócios e começar uma conversa com os mesmos sobre os produtos ou serviços promovidos.
Para mostrar anúncios que sejam do interesse dos utilizadores, a plataforma vai usar “informações limitadas”, como país, ou cidade, e idioma, assim como os Canais que segue e a forma como interage com os anúncios que são visualizados.
Para os utilizadores que adicionaram o WhatsApp ao Centro de Contas serão usadas as respetivas preferências de publicidade e informações nas suas contas da Meta, indica.
“Nunca venderemos nem partilharemos o seu número de telemóvel com anunciantes”, afirma a plataforma, indicando que as mensagens pessoais, chamadas e grupos aos quais os utilizadores pertencem não serão usados para determinar os anúncios que podem ver.
Além de anúncios, o separador Atualizações ganha também uma opção de subscrições de canais que, segundo o WhatsApp, permitirá apoiar canais através de uma taxa mensal que dará acesso a conteúdos exclusivos. Conta-se ainda uma opção de canais promovidos, concebida para dar aos administradores uma nova forma de aumentarem a visibilidade dos seus canais.
Segundo o WhatsApp, as novas funcionalidades só vão aparecer no separador Atualizações, sem qualquer alteração à experiência de conversas pessoais na app.
Recorde-se que, para a Meta, a ideia de introduzir anúncios no WhatsApp não é nova. Em 2018, quatro anos após a compra da aplicação de mensagens, a empresa revelou que tinha intenções de a monetizar, numa decisão controversa que terá levado à saída de Jan Koum e Brian Acton, fundadores do WhatsApp.
Entre os planos estaria a otimização da aplicação de modo a alojar serviços empresariais, assim como a presença de anúncios, por exemplo, na funcionalidade de Estados, a sua versão das Stories do Instagram.
Dois anos depois, o plano parecia ter sido abandonado, com a empresa liderada por Mark Zuckerberg a dissolver o grupo que seria responsável por encontrar formas de monetizar a app. No entanto, como avança o website The Verge, em 2023, Will Cathcart, responsável do WhatsApp, confirmou que, afinal, o plano ainda se mantinha, com a empresa a trabalhar na sua implementação.
A organização noyb (None of Your Business), que anteriormente já se tinha manifestado contra o modelo "pagar ou aceitar" da Meta em conjunto com outras ONGs, assim como contra o uso de dados pessoais para treino do sistema Meta AI, aponta que a decisão representa um "reforço do monopólio" da gigante tecnológica nas redes sociais, algo que a legislação europeia deveria impedir.
"A Meta está a fazer extamente o oposto do que exige a legislação europeia", afirma Max Schrems, presidente da noyb. "Os dados das suas plataformas estão a ser interligados e os utilizadores estão a ser rastreados para fins de publicidade sem terem uma escolha genuína". O responsável realça que sem consentimento, esta ligação entre dados e publicidade personalizada é "claramente ilegal".
"A Meta já implementou o modelo 'Pagar ou Aceitar' no Instagram e Facebook sem que a autoridade de proteção de dados da Irlanda ou a Comissão Europeia tenham tomado qualquer tipo de medidas eficazes contra isso. Suspeitamos que a Meta fará o mesmo com o WhatsApp". indica Max Schrems. A organização vai agora analisar a decisão da Meta e, se necessário, avançará com um processo contra a empresa.
Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 16h38)
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