A investida da Microsoft no mercado de segurança informática foi encarada como uma ameaça e uma prática anti-concorrencial contra as empresas que já actuavam neste sector, tais como a Symantec e a McAfee. Ambas as empresas argumentaram no início deste mês que a companhia de Bill Gates estava a utilizar novas estratégias de segurança no Windows Vista que dificultavam o acesso ao núcleo do sistema operativo por produtos concebidos por terceiros.



Passadas duas semanas, a Microsoft volta atrás com a decisão, garantindo que irá abrir o núcleo do Vista a produtos de segurança de outras empresas, uma decisão que, de acordo com o C|net, evita que a software house seja novamente acusada de práticas prejudiciais à concorrência.



Desta forma, será permitida a instalação de produtos de segurança produzidos por terceiros sem que isso comprometa o funcionamento da tecnologia PatchGuard, incluída, até ao momento, na versão de 64-bit do Windows Vista.



Contudo, por parte da Symantec e da McAfee esta mudança de estratégia é considerada suspeita e ambas as empresas afirmam que só acreditam "quando virem" realmente que a decisão foi posta em prática.



Cris Paden, porta-voz da Symantec revela à C|net que "se for realmente verdade, caminhamos na direcção correcta para dar aos clientes a possibilidade de escolherem as soluções que realmente querem utilizar".



A Microsoft salienta que a alteração no sistema de segurança não irá afectar a data de lançamento do Vista, que deverá chegar ao mercado em Janeiro do próximo ano.

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