Numa carta partilhada à comunidade de criadores de conteúdos para o YouTube, Neil Mohan, Chief Product Officer da plataforma, é salientado a forma como a responsabilidade tem sido boa para o negócio, e ao mesmo tempo, para as receitas de quem coloca vídeos no serviço. A mensagem visa comemorar o marco dos 2 milhões de criadores que já ganharam dinheiro através do programa de monetização da plataforma, reforçando os esforços que a empresa tem feito para compensar os criadores confiáveis ao longo dos anos.
Neil Mohan diz que o YouTube tem vindo a investir nas políticas, recursos e produtos necessários para proteger a comunidade, assim como os criadores de conteúdo, mas procurando penalizar aquilo que chama de “maus atores”, os que procuram abusar do sistema para obter ganhos próprios. Salienta que no quarto trimestre de 2020, a taxa de visualização de conteúdo que violava políticas do YouTube ficou-se apenas entre os 0,16 e 0,18%, contas feitas, em cada 10 mil visualizações, apenas 16 a 18 foram considerados inválidos.
A tecnológica está satisfeita com o resultado dos seus esforços, reflexo do reforço na responsabilidade que acabou por beneficiar não só o negócio em geral, como os respetivos criadores. No segundo trimestre de 2021, as receitas de anúncios no YouTube ultrapassaram os 7 mil milhões de dólares, sendo o período em que a plataforma mais pagou dinheiro aos seus criadores durante a sua história.
O YouTube explica que para proteger a sua comunidade, foi desenvolvido um sistema de responsabilidade que inclui a remoção de conteúdos que violem as políticas da plataforma, o reforço das vozes que são confiáveis, e a redução de conteúdo considerado duvidoso. Isso significa que criadores com estatuto de conteúdo confiável serão mais recompensados.
Desde que foi criado há 14 anos, o sistema deu a oportunidade de qualquer pessoa ganhar dinheiro na plataforma com os seus conteúdos. “Partilhámos mais da metade da receita gerada com os criadores de conteúdo”, salienta Neil Mohan. Desde então, o YouTube criou 10 recursos de monetização diferentes para os seus parceiros, e apenas nos últimos três anos afirma ter pago mais de 30 mil milhões de dólares aos criadores, artistas e empresas de multimédia.
Reforça que muitos dos criadores da plataforma estão a gerar empregos, contribuindo para as economias locais e mundiais. “Só em 2019, o ecossistema criativo do YouTube contribuiu com o equivalente a 345 mil empregos a tempo integral, e isto somente nos EUA”, diz o executivo, onde se incluem todos os temas possíveis de vídeos, desde tutoriais para reparar portas de garagem, videoclips ou palestras sobre física avançada que estão disponíveis gratuitamente para qualquer público.
Para garantir um ecossistema saudável, o YouTube afirma que foram aumentados os requisitos dos candidatos a participar no programa de parcerias e monetizar os seus vídeos. Há um avaliador treinado que verifica as candidaturas depois de ultrapassados os marcos impostos. São também removidos os canais que não respeitam as diretrizes, incluindo os que publicam conteúdos de discurso de ódio, assédio e desinformação.
Pode ler a carta completa de Neil Mohan, onde são abordados os tipos de monetização, desde o merchandising ou subscrições. E mais detalhes do que está a ser feito para manter a plataforma segura.
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