Zeinal Bava aproveitou o Estado da Nação para voltar a frisar que a PT pretende avançar sozinha nas redes de nova geração, reagindo aos argumentos da concorrência e apresentando contas diferentes, relativamente ao peso dos investimentos na rede no deployment dos serviços de fibra.

O presidente da PT diz que a rede tem um peso de apenas 36 por cento no custo total do acesso. Segundo as contas, levar fibra a casa do cliente terá um preço médio de 800 euros e 2/3 deste investimento é realizado desde “a coluna montante até casa do cliente”.

As contas do gestor contrariam as estimativas dos concorrentes, que colocam a maior fatia do investimento na infra-estrutura base, justificando dessa forma a defesa de uma infra-estrutura partilhada como modelo de desenvolvimento.

Zeinal Bava disse que a PT está interessada em fazer coisas novas no futuro e não em “reconciliar o passado com o futuro”. Sublinhou o facto de existir em Portugal legislação que regula o acesso às condutas (ORAC) e garantiu que funciona, já que 11 mil dos 24 mil quilómetros existentes estão ocupados por outros operadores.

Acrescentou que na fibra a capacidade dos operadores deverá ser determinada “pela boa engenharia, índole comercial e excelência na execução”.
Na resposta às provocações da concorrência Zeinal Bava ainda sugeriu a abertura da rede de cabo, já que esta chega a grande parte do território e, com tinha explicado Rodrigo Costa, está apta para oferecer 100 Mbps de velocidade.