Quase um terço dos utilizadores de serviços móveis já tiram partido de serviços 5G. Os dados mais recentes da ANACOM, relativos ao quarto trimestre do ano passado, revelam que 31,7% dos utilizadores móveis acediam a serviços 5G, um número que representa um crescimento de 14,6 pontos percentuais face aos mesmos três meses do ano anterior. Na mesma altura, as redes 4G davam suporte a 49,6% dos acessos móveis e as redes 2G e 3G ainda a 31,7% dos acessos.

Nos últimos três meses do ano, o número de assinantes do serviço móvel aumentou em 14 mil, numa evolução atribuída à adesão a planos pós-pagos e híbridos que cresceu 6,5% no período e já representa 72,8% dos acessos efetivamente utilizados. Já a adesão a planos pré-pagos diminuiu 13,7% no período.

A grande maioria dos utilizadores de serviços móveis já usam os seus smartphones para voz e acesso à internet (74,1%). Apenas um quinto dos utilizadores (21,2%) continuam a usar só serviços de voz. Já 4,6% usam apenas a internet (através de PC/tablet/pen/router). Entre utilizadores de internet móvel 4,1 milhões usavam 5G, mais 77,8% que há um ano, quase em exclusivo (99,1%) através do telemóvel.

A estatística compilada pela ANACOM, também mostra que o número de minutos de conversação nas redes móveis em Portugal caiu na reta final do ano em 1,1%, com cada utilizador a falar em média 211 minutos por mês, o equivalente a 7 minutos por dia, menos 3 minutos do que há um ano. A duração média das chamadas foi de 2 minutos e 51 segundos por chamada, menos 4 segundos que em igual período do ano anterior.

O tráfego médio mensal por utilizador ativo de internet móvel, por seu lado, cresceu 21,6% e rondou os 12,7 GB por mês. Nos acessos móveis apenas de dados cresceu para 37,5 GB. Nos acessos através de 5G o tráfego médio mensal foi de 7,3 GB e representou cerca de 20% do total.

O número de utilizadores efetivos do serviço móvel de acesso à Internet fixou-se em 10,7 milhões, mais 2,2% que em igual período do ano anterior, para uma taxa de penetração de cerca de 100,5 por 100 habitantes. Este avanço é explicado com o aumento do número de utilizadores de internet no telemóvel (3,4%).

No final do ano passado, a taxa de penetração de serviços móveis em Portugal ascendia a 175,9 por cada 100 habitantes, o número desce para 127,6 excluindo os números afetos a cartões Machine to Machine e para 121,6 por 100 habitantes excluindo também os acessos afetados apenas a serviços de dados.

O número de acessos móveis habilitados a utilizar serviços móveis fixou-se nos 18,7 milhões e, destes, 13,6 milhões foram efetivamente usados no período em análise, 12,9 milhões excluindo os acessos afetos a PC/tablet/pen/router. Os acessos M2M no final do ano já representavam 6,6% do total dos acessos ativos. eram 1,2 milhões, mais 6,1% que no final do ano passado.

No roaming a tendência foi e decida no tráfego, tanto relativo às chamadas internacionais feitas a partir de Portugal como para Portugal. Isto na voz, porque na internet o tráfego cresceu 22,4 e 29,3% nos acessos feitos a partir do estrangeiro e a partir de Portugal respetivamente.

A MEO mantém a liderança do mercado móvel com 36,9% dos acessos móveis ativos com utilização efetiva (excluindo M2M). A NOS ocupa o segundo lugar (30,6%) e a Vodafone o terceiro (28,0%). A DIGI/NOWO e a Lycamobile ocupam as posições seguintes do ranking, com quotas de 2,5% e 2,0%, respetivamente. Na comparação com o ano anterior destaca-se que as quotas da MEO e da Vodafone diminuíram 1,2 e 0,3 pontos percentuais.

A MEO também lidera em quota de subscritores de acesso à Internet em banda móvel, com 35,5% dos clientes. Seguem-se a NOS (33,0%), a Vodafone (27,1%) e o grupo DIGI / NOWO (2,9%). A NOS liderou em quota de tráfego de Internet em banda larga móvel (37,0%), seguida da Vodafone (34,2%) e da MEO (27,4%).