O acordo foi anunciado pelas duas operadoras que vão alargar o número de casas cobertas com fibra ótica através desde acordo com a DSTelecom. Quando a nova rede estiver no terreno a NOS vai chegar a 5,7 milhões de casas e a Vodafone a 5,3 milhões, somando mais 900 a 1,2 milhões de lares aos que já têm atualmente nos seus mapas de cobertura.

Segundo os comunicados, este acordo "tem como objetivo a definição dos principais termos da construção e utilização de uma nova rede de fibra ótica, de larga abrangência territorial". Esta rede será construída em zonas do território nacional atualmente não cobertas e sem planos de cobertura pela rede FttH da NOS e que não estão nos planos do acordo de partilha existente entre a NOS e a Vodafone.

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É salientado no comunicado da NOS que esta nova rede pode ser feita "independentemente de serem zonas onde já exista, esteja a ser construída ou haja planos para construção de uma outra rede FttH". Mário Vaz, presidente executivo da Vodafone Portugal, considera que este acordo "é mais um importante marco" para a estratégia de aceleração da chegada das redes fixas de nova geração a zonas remotas e às populações mais desfavorecidas.

A DSTelecom pertence ao grupo DST e segundo os dados partilhados pela empresa já investiu 120 milhões de euros em infraestruturas na cobertura da rede de fibra ótica em Portugal. No início do ano a empresa conseguiu um financiamento de 50 milhões de euros com o banco alemão HSH Nordbank que tinha por objetivo cobrir mais de 500 mil casas até 2020.

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Recorde-se que a DSTelecom opera uma rede de fibra ótica de acesso aberto e neutro nas zonas de menor densidade populacional de Portugal, onde já chega a mais de 300 mil casas. O modelo de negócio é meramente grossista, disponibiliza a sua infraestrutura de fibra a outros operadores de telecomunicações que por sua vez usam a rede para prestar serviços de comunicação, televisão e internet ao cliente final, empresarial e residencial.