Sob os auspícios do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, realizou-se hoje uma reunião de trabalho com os operadores de telecomunicações em actividade em Portugal onde se pretendeu analisar a eficácia do acordo para acelerar o processo de mudança de operador junto do cliente final e ainda fazer o ponto de situação dos investimentos em banda larga.

O acordo, promovido pelo Governo e que tinha já sido anunciado pelo Primeiro-ministro, entrou só ontem em vigor mas os operadores de telecomunicações já consideram positiva a capacidade de comunicação que se estabeleceu entre os intervenientes do sector. Mário Lino, ministro das Obras Públicas Transportes e Comunicações afirmou que para se chegar a este acordo “apenas foi necessário criar um clima de confiança entre os intervenientes”, segundo citação do Canal de Negócios.

Nos termos deste acordo os operadores comprometem-se a facilitar o processo de migração de clientes entre operadores, um procedimento burocrático que se arrastava muitas vezes por vários meses e consistia um dos principais entraves para a concorrência no sector.

O ministério das Obras Públicas Transportes e Comunicações pretende que este seja apenas o primeiro de um conjunto de medidas que vão ser colocadas em prática para aumentar a concorrência no sector.

Ainda na sequência desta reunião o ministro Mário Lino admitiu que a cobertura de todo o país com uma rede de telecomunicações de banda larga deve concretizar-se antes do final desta legislatura, prazo anteriormente definido pelo Governo. Recorde-se que a Portugal Telecom tinha estabelecido como meta a cobertura de 96 por cento do território nacional com banda larga até ao final deste ano.

Os presidentes da Oni e da SonaeCom comprometeram-se igualmente a acelerar os investimentos na banda larga, realçando Paulo Azevedo, líder da Sonaecom, que este acordo reforça a confiança e a vontade de investir no sector, escreve a Agência Lusa.

Apesar desta nota positiva, Paulo Azevedo referiu que há uma lista de 30 a 40 problemas "muito difíceis" no sector que devem ser resolvidos, nomeadamente a “inexistência de concorrência a nível de infra-estruturas e entre o cobre e o cabo", cita a mesma fonte.

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