
Apresentado ontem pelo CEO da empresa, Michel Combes, o novo plano de reestruturação tem como objetivos a diminuição dos custos operacionais em mil milhões de euros anuais até final de 2015.
No mesmo período a empresa pretende encaixar mil milhões de euros em receitas com a venda de negócios não estratégicos. O plano tem ainda como objetivo multiplicar por cinco a margem operacional do grupo até 2015.
Pode também passar por novos despedimentos, mas ainda não foram anunciados mais detalhes relativamente a este tópico, que será ainda alvo de discussão com os sindicatos da empresa.
“A mensagem que quisemos passar ao mercado é que precisamos de focar-nos em duas grandes áreas: IP networking e banda larga ultra-rápida, fixa e sem fios, domínios onde já temos hoje fortes competências e uma presença muito forte”, explicou ai TeK Jean-Luc Beylat, presidente dos Bell Labs França, durante uma visita a este centro de investigação. “São também áreas onde se espera um desenvolvimento muito forte, com o crescimento acelerado do tráfego de dados”, acrescentou.
A Alcatel-Lucent é dirigida por Michel Combes, o terceiro presidente da companhia desde a fusão. O gestor está no cargo desde fevereiro. Antes estava na Vodafone. No final de 2012 o grupo, criado em 2006 a partir da fusão da Alcatel com a Lucent, somava 72 mil empregados e perdas de quase 1,4 mil milhões de euros.
Reposicionar a Alcatel-Lucent como especialista na área das redes IP e da banda larga ultra-rápida, fixa e móvel, também significa um reposicionamento o nível da inovação, que a empresa espera concentrar em 85% nestes domínios, até 2015.
“Na verdade estamos a focar a nossa atividade nas áreas onde somos bons, onde podemos fornecer soluções e onde vemos que pode haver um futuro interessante para a companhia”, refere Jean-Luc Beylat.
“Internamente a mensagem é muito forte porque é clara e objetiva. É também mobilizadora, pois está a querer posicionar a companhia em áreas que sabemos serem promissoras”, acrescentou o mesmo responsável.
O que a Alcatel-Lucent também ainda não revelou com maior detalhe foram as áreas onde vai desinvestir e as implicações dessa estratégia nos diversos países.
André Mechaly, vice-presidente de marketing e estratégia do grupo, adiantou no entanto ao TeK que entre as áreas a desinvestir estarão provavelmente as tecnologias legacy.
O responsável não quis comentar possíveis implicações da nova estratégia no mercado português, mas sempre frisou que as áreas de aposta da operação portuguesa são o IP e as comunicações óticas,perfeitamente integradas nas áreas definidas pelo grupo como prioritárias.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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