Apenas 1,5% das queixas recebidas pela Anacom foram relativas à TDT

A qualidade da televisão digital terrestre que tanto tem sido questionada parece não ter equivalência no número de reclamações registadas. Os contratos firmados com os operadores continuam a ser uma dor de cabeça para os consumidores.

A Autoridade Reguladora das Comunicações recebeu entre abril e junho cerca de 245 queixas sobre a televisão digital terrestre, um valor que apenas representa 1,5% do total de reclamações dirigidas à entidade. Em contraste a DECO diz que recebe em média 580 denúncias por mês por causa da TDT.

Este acaba por ser o fator de destaque num relatório onde as queixas apresentadas contra serviços de telefonia móvel e contra os serviços que abrangem mais do que um produto - como os pacotes de triple play - dominam por larga margem o número de reclamações dirigidas à autoridade reguladora.

Ao todo a Anacom recebeu 16.253 denúncias no segundo trimestre de 2013. O valor representa uma quebra de 10,3% relativamente ao número de queixas apresentadas nos primeiros três meses do ano. Das reclamações apresentadas, mais de 3.000 estão relacionadas com serviços de telefonia móvel, onde os problemas com equipamentos e com contratos lideram as queixas dos utilizadores.

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Os contratos celebrados com os prestadores de serviços de Internet e de televisão por subscrição são por larga margem o principal motivo que levou os portugueses a reclamarem nestes segmentos de mercado. Os serviços de Internet motivaram ao todo 1.396 denúncias, enquanto a televisão por subscrição registou 1.047 reclamações. Os seguintes gráficos expressam com mais detalhe o motivo das queixas.

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No total os serviços de comunicações eletrónicas representam 79,3% das queixas recebidas pela Anacom no segundo trimestre. Aos dados divulgados dos serviços de comunicações eletrónicas acrescem ainda mais 2.304 reclamações relativas aos serviços postais.

O regulador refere que todos os dados apresentados apenas dizem respeito às queixas apresentadas diretamente à organização ou que foram oficializadas nos livros de reclamações dos prestadores de serviços. "Por esta razão, representam uma realidade parcial das reclamações no mercado das comunicações", esclarece a Anacom em comunicado.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico