A China interpôs um apelo contra a decisão tomada em Março pela Organização Internacional de Standars relativa à recusa da
proposta da
norma Wi-Fi utilizado pelo país. A votação da ISO atribuiu apenas
oito votos ao standard WAPI enquanto que a da Instituto de Engenharia
Eléctrica e Electrónica
(IEEE) registou 24 votos, ficando o sistema
norte-americano como norma mundial.



A norma original Wireless Protected Access era demasiado fraca, o que
levou o IEEE, dos Estados Unidos, e a China a desenvolverem um modelo de substituição. A China optou pelo sistema de codificação WAPI como
modelo strandard para o país em 2003, tendo pedido aos fabricantes chineses que incluíssem a norma em todos os produtos wireless até ao final desse ano, causando atritos com os Estados Unidos já que isso iria fechar o mercado chinês aos fabricantes de produtos WiFi do resto do mundo.



A agência noticiosa oficial do país asiático, a Xinhua,
revela terem sido "encontradas 49 provas" que demonstram tanto o
monopólio como "graves violações" por parte do IEEE, levando as votações a favorecem a norma que estes propuseram a ser aceite como o novo standard internacional.



O Broadband
Wireless IP Standard Group
chinês (BWIPS) acusa o modelo 802.11 i de conter "inúmeros erros" precisando por isso ser revisto e avaliado
segundo as regras da ISO. Por outro lado, a norma WAPI é alvo de críticas por parte dos ocidentais dada a não disponibilização dos algoritmos utilizados, o que impede a verificação da qualidade de segurança do sistema, bem como, apurar até que ponto o governo chinês poderá ou não interceptar as comunicações.



A atribuição de uma norma internacional para a tecnologia sem fios,
cujos algoritmos sejam secretos, não é uma novidade no mercado mundial já que os algoritmos utilizados nas chamadas por telefones GSM eram
inicialmente ocultos.

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