Os clientes das tecnologias de acesso móvel à Internet têm maior predisposição para mudar de operador, revela um estudo realizado pela Academic Team, a pedido da Anacom e do regulador brasileiro para a área das telecomunicações Anatel.

Os resultados da análise, divulgados pela edição impressa do Jornal de Negócios, indicam ainda que a satisfação com a velocidade e com a fiabilidade do serviço são a principal razão citada para a intenção de mudar de operador, embora as questões relacionadas com o sistema de facturação também sejam importantes quando se equaciona uma mudança.

Segundo o estudo, a maior intenção de mudança regista-se entre os clientes de acesso nómada, como o Wi-Fi, o que se poderá justificar pela facilidade do processo, já que muitas vezes estes utilizadores têm mais do que uma conta.

No critério de satisfação, os utilizadores da banda larga mostram-se menos satisfeitos do que os utilizadores fixos ou nómadas, que mostram o mesmo nível de agradabilidade para com o serviço. Os três grupos mostram-se genericamente satisfeitos no que diz respeito à velocidade.

A mudança de operadora por razões tarifárias está sensivelmente ao mesmo nível dentro do mesmo tipo de serviço (fixo) ou para serviços diferentes (fixo para o móvel), refere o Jornal de Negócios, o que indicia que os inquiridos em qualquer tipo de acesso têm a mesma percepção relativamente ao custo de mudança, com excepção de uma grande percentagem de utilizadores de acesso à Internet fixa, que garantem que uma alteração de 20 por cento no preço os levaria a mudar para um serviço móvel.

Já os utilizadores móveis garantem que só uma grande alteração tarifária os faria migrar para os serviços fixos. "Os clientes fixos são diferentes dos móveis na sensibilidade ao preço, o que pode indicar que os dois serviços não são substitutos", salienta a Academic Team.