Que a “revolução digital” está a operar profundas transformações nos negócios de hoje já não será novidade para ninguém. No entanto, há que perceber a extensão desta digitalização e de que impactos poderá ter, tanto ao nível dos negócios como ao nível do consumidor.
Durante o painel subordinado ao tem “As Redes de Comunicação do Futuro”, Francisco Lacerda, presidente dos CTT, falou acerca da metamorfose de um setor que tem sido capa de evadir a sombra do email.
Apesar de ser uma empresa com séculos de existência e com um amplo legado, os CTT em vindo a apostar fortemente na digitalização do negócio. Segundo o responsável, “em breve todos os carteiros terão um aparelho na mão”, ou seja, a empresa está a caminhar em direcção à desmaterialização dos processos.
Os correios conseguiram sobreviver ao email com a diversificação do negócio, a pedra angular da evolução da empresa. Prova disso é a aposta em serviços de comércio electrónico e em serviços financeiros.
Falando especificamente sobre o consumidor, Francisco Lacerda disse que as ferramentas digitais permitem acompanhar as encomendas e fazer alterações em tempo real às mesmas.
Mas não basta apenas digitalizar. É preciso que os órgãos reguladores sejam capazes de regrar as novas tecnologias e os novos paradigmas que daí derivam.
Fátima Barros, presidente da Anacom e vice-presidente doo BEREC (entidade europeia que regula as comunicações electrónicas) afirmou que se prevê um aumento de 168% do tráfego da internet até 2020, e que as “redes do futuro” serão menos latentes e mais velozes.
A responsável disse que a União Europeia está empenhada na implementação de redes de alta velocidade em agentes socioeconómicos, como escolas, que permitam velocidades de pelo menos 1GBps. Paralelamente, quer que os agregados familiares tenham acesso a redes com velocidades mínimas de 100 MBps, e que as zonas urbanas e as grandes viaa rodoviárias estejam equipadas com infraestruturas 5G.
O grande desafio parece residir no investimento nestas redes de alta velocidade que vão alicerçar as sociedades do futuro.
Ao olhar para o futuro, Fátima Barros afirmou que Portugal está munido de uma boa e relativamente disseminada rede de fibra ótica, mas que por diversas condicionantes socioeconómicas as pessoas não têm acesso a ela.
A presidente da Anacom enunciou a tríade que deve sustentar o setor das comunicações: Investimento, Concorrência e
Estas transformações vão permitir entregar novos e melhores serviços aos consumidores, mas também vão gerar volumes cada vez maiores de dados, pessoais e não, que precisam de ser devidamente administrados.
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