A Espanha vai ganhar mais uma poderosa “arma” para servir a sua população: o Stratobus é um gigantesco dirigível, de 115 metros de comprimento e 34 metros de diâmetro, com uma autonomia prevista de 10 anos, capaz de se manter a 20 quilómetros do solo e em permanente comunicação com uma estação móvel terrestre. A sua missão principal será vigiar os incêndios que assolam as florestas, sendo capaz de enviar dados dos fogos em tempo real, com uma capacidade de cobertura de 800.000 quilómetros quadrados.

Mas terá também outras funções, tais como vigiar os fluxos migratórios nas fronteiras, medir a qualidade do ar da atmosfera de uma cidade e quando necessário, fornecer sinal de internet em áreas sem cobertura – funcionalidade semelhante ao Loon da Google.

Segundo refere o jornal El Mundo, o Stratobus está neste momento em testes e se tudo correr como o planeado, poderá arrancar as suas operações em 2022. Antes disso será ainda construída uma versão mais pequena, com 40 metros, para 2020. A fabricante, Thales Alenia Space, refere que o dirigível bebe o melhor dos dois mundos entre um satélite e um drone, tendo sido fabricado em folha de carbono e materiais ecológicos. O sistema é alimentando por energia solar e utiliza diversas tecnologias não poluentes.

O dirigível tem capacidade para 250kg de carga útil, incluindo sensores óticos, radar, sistemas de infravermelhos, por exemplo. O jornal adianta ainda que o Stratobus é compatível com o GPS da Agência Espacial Europeia, o sistema Galileu. A imponente “fortaleza aérea” consegue dar a volta à Terra em cada 90 minutos e como não necessita de ser projetado para a estratosfera, tal como os satélites, os seus custos serão inferiores.