Uma informação avançada pela Reuters, e confirmada pelos gabinetes dos dois países, garantia esta manhã que Angela Merkel e Francois Hollande se juntariam numa reunião bilateral para discutir o assunto, de grande preocupação para ambas as partes, antes da Cimeira.



Foi notícia ontem a suspeita alemã de que os serviços de inteligência norte-americanos teriam escutado as conversas de telemóvel de Merkel e confirmado, pelo próprio governo alemão, o contacto da chefe de Estado daquele país ao presidente Barack Obama.



Na mesma declaração, o porta-voz da governante garantia que Merkel tinha deixando claro que, a serem verdadeiras as suspeitas de espionagem, a prática era totalmente inaceitável e condenável. Em sequência, a Casa Branca veio garantir que não está a monitorizar as comunicações da Chanceler nem pretende fazê-lo, mas a polémica está instalada.



Em França as informações sobre ações de espionagem dos Estados Unidos, reveladas por Edward Snowden, ex-analista das agências que alegadamente levam a cabo este tipo de operações, causaram desconforto idêntico.



O Le Monde noticiou que a Agência Nacional de Segurança norte-americana reuniu dezenas de milhares de registos telefónicos entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013. Na sequência da informação Hollande deixou claro que iria tentar levar o tema à agenda europeia.



Nos moldes atuais, a segurança interna dos países não é um tema da competência da União Europeia, mas admite-se que pelo peso dos dois países na União estes consigam influenciar a discussão do tema e a definição de novas medidas.

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