Os mercados de telecomunicações da Bélgica, França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido vão ser observados atentamente pelo governo norte americano no que diz respeito às taxas de interligação de redes móveis sem fios e ao aprovisionamento e preço das concessões das linhas de telecomunicações, correndo mesmo o risco de vir a sofrer algumas acções de retaliação pelo seu alegado incumprimento das regras da livre concorrência.



Segunda afirma Robert Zoellick, representante do US Trade, os mercados das telecomunicações competitivos são impulsionadores do crescimento, investimento e inovação em todas as economias. Mas, de acordo com um relatório emitido por esta entidade governamental as empresas norte americanas têm vindo a enfrentar consecutivas dificuldades na concessão de linhas a antigas empresas que detinham posições de monopólio na comunidade europeia. As situações mais graves são atribuídas à Alemanha embora este país tenha já anunciado que irá penalizar quaisquer atrasos dos processos no futuro. Em relação à Bélgica, França, Irlanda e Espanha os preços são considerados "excessivos".



Agora os Estados Unidos pedem à Comissão Europeia e às entidades reguladoras de cada Estado-membro na União Europeia (UE) que identifiquem as melhores práticas para os preços das concessão de modo a evitar as situações que se têm vindo a registar.



Outro aspecto referido no relatório da US Trade é o facto de os operadores móveis sem fios na UE cobrarem aos operadores globais de linhas fixas taxas por grosso valores que estão significativamente acima do custo, o que encarece o preço que os operadores e consumidores norte americanos têm que pagar. De salientar que, neste momento, alguns países como a França e o Reino Unido estão a analisar os custos das redes móveis para definir quais serão as taxas mais justas a aplicar.



Para além destas diligências da US Trade, o governo norte americano prepara também acções contra alguns operadores incumbentes que, segundo afirma, não progrediram num mercado que se quer concorrêncial e, por conseguinte, com a total liberalização lacete local. Por seu lado, a Comissão Europeia prepara já um documento que analisa onde é mais necessária regulamentação no sector das telecomunicações.



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