As alterações ontem feitas ao plano de utilização de recursos financeiros afectados ao Plano de Relançamento da Economia Europeia e ao Exame de Saúde da PAC (Política Agrícola Comum) voltam a mostrar a importância que o executivo europeu está a dar ao desenvolvimento da banda larga em zonas rurais.

Na reunião de ontem o Comité do Desenvolvimento Rural votou as últimas propostas dos Estados-Membros e das regiões e decidiu canalizar 35% do valor remanescente para as infra-estruturas de banda larga, num total de 360,4 milhões de euros.

Os programas de desenvolvimento rural da União Europeia receberam mais 5 mil milhões de euros de financiamento, para investimentos na agricultura, no ambiente e no desenvolvimento da banda larga em zonas rurais.

Deste financiamento, as maiores parcelas foram destinadas à biodiversidade e à gestão hidrológica, que receberam, 1500 milhões de euros (31,2 % do total) e 1300 milhões de euros (26,9 % do total), respectivamente.

Ao investir na banda larga 35% dos recursos financeiros provenientes do Plano de Relançamento da Economia Europeia o executivo volta a dar um sinal claro da sua aposta nesta área.

Portugal vai receber 30 milhões de euros dos 360 milhões aprovados para o desenvolvimento da banda larga, para além de 70 milhões dedicados ao à reestruturação do sector leiteiro. A Itália, com 93 milhões, e a Polónia, com 53 milhões, são os dois países mais beneficiados com a reafectação financeira para a banda larga.