Os dados de 2023 estão fechados e mostram que a internet fixa em banda larga está praticamente nas casas de todas as famílias em Portugal. Os números compilados pela Anacom mostram que a taxa de penetração dos clientes residenciais de banda larga fixa no final do ano passado era de 94 por 100 famílias, mais 2,3 pontos percentuais que em 2022. Por número de acessos, a banda larga fixa também cresceu, face ao ano anterior. Em dezembro existiam 4,6 milhões de acessos ligados à tecnologia, mais 2,9% que no final de 2022.

Por tecnologias, a fibra ótica continua a ser a mais predominante, dando suporte a 66,2% das ligações à internet por banda larga fixa existentes no país, mais 2,6 pontos percentuais do que no período homólogo. Ao longo do último ano, o número de acessos suportados na tecnologia, cresceu 7,1%, o que se traduz em mais 203 mil acessos.

Por comparação, o número de acessos suportados em redes de modem por cabo diminuiu 1,4%, passando este tipo de ligação a representar 25,5% do total, ligeiramente menos que no ano anterior. O número de acessos fixos suportados em redes móveis também caiu (4%), passando a representar apenas 5,2% das ligações. A maior queda foi no entanto a do número de acessos em ADSL que já só representa 2,8% do total, depois de em 2023 recuarem 28,3%.

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Mais de 90% dos acessos fixos à internet em Portugal no final de dezembro tinham acesso a banda larga ultrarrápida (mais de 100 Mbps no download). A Anacom sublinha que “o aumento da proporção de acessos de banda larga ultrarrápida ocorreu em simultâneo com o desenvolvimento das redes de fibra ótica (FTTH) e da introdução do DOCSIS 3.x nas redes de modem por cabo”. Só estes dois tipos de redes acolhem 71% e 28% dos acessos com banda larga ultrarrápida.

Mais largura de banda significa mais capacidade para gerar tráfego, que também cresceu em 2023 (17,7%). Em média, cada cliente de serviços de internet fixa fez circular mensalmente pela rede 285 GB, número que também traduz um aumento do consumo médio de tráfego de 13,9%.

Por operadores, a liderança deste segmento de mercado é da MEO, com uma quota de 41,1%, segue-se a NOS com 33,7%, a Vodafone (22%) e a NOWO (2,7%). No último ano, a MEO foi a operadora que conseguiu conquistar mais novos clientes na banda larga fixa, a NOS e a Nowo perderam quota no mesmo período.