Está em marcha o processo de criação de um quarto operador móvel em França. O caderno de encargos já foi enviado pelo ministro das finanças ao comité consultivo das radiocomunicações que deverá agora avaliar as condições definidas para o concurso.



De acordo com o documento, o novo operador móvel francês deverá comprometer-se a fornecer cobertura de rede em 25 por cento do território nacional, num período de dois anos depois do arranque da actividade. Nos oito anos seguintes terá de estender essa cobertura a 80 por cento da população.



Quando alcançar uma cobertura de 25 por cento o novo operador passa a poder estender o seu serviço a mais regiões através de acordos comerciais com os seus concorrentes, que lhe permitirão usar as respectivas infra-estruturas. Passa também a poder fixar as suas estações base nas estruturas já usadas pelos concorrentes.



Os compromissos de cobertura a que terá de se sujeitar o novo operador são iguais aos que foram impostos aos três operadores já em actividade e que, aliás, o regulador sectorial considera não terem sido totalmente cumpridos. Igual é também o valor da licença, fixado nos 619 milhões de euros.



Se o processo decorrer como previsto a nova licença deverá ser concedida ainda este ano ou no inicio de 2008. A ARCEP, organismo que regula as comunicações electrónicas em França, explica que a entrada de um novo player no mercado irá introduzir mais concorrência e melhores preços para o consumidor.



No mercado francês já fornecem serviços de comunicações móveis suportados em rede própria a Orange, a SFR e a Bouygues Telecom.



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