As comunicações móveis são um motor de crescimento das economias. A conclusão é de um estudo da Deloitte realizado a pedido da GSM Association que suportada nesta conclusão pede aos governos dos países em vias de desenvolvimento o corte das taxas aplicadas aos equipamentos ou aos serviços móveis a eles associados.



O estudo demonstra que num país em vias de desenvolvimento um aumento da taxa de penetração móvel na ordem dos 10 por cento tem um impacto positivo na taxa de crescimento do país da ordem dos 1,2 por cento. O impacto será tanto maior quando mais elevada for a taxa de crescimento do país, diz o documento.



O argumento é usado pela GSM Association para pedir aos países que abandonem as estratégias de taxar os equipamentos e os serviços móveis como bens de luxo, já que dessa forma estão a limitar as potencialidades do sector.



De acordo com a tabela disponibilizada pela associação, o líder nas taxas aplicadas a este tipo de bem é a Turquia, onde 44,6 por cento do preço de um telemóvel são taxas. A Grécia é o único país da União Europeia representado neste Top 10 com uma carga de impostos sobre produtos e serviços móveis na ordem dos 25,6 por cento, posicionando-se na nona posição. O Brasil está a meio da tabela com taxas na ordem dos 28 por cento.



"Taxar os serviços móveis como se fossem caviar ou champanhe é contraproducente", alerta Tom Phillips, chefe do departamento de Government and Regulatory Affairs da GSMA.



"O impacto dos telemóveis no mundo desenvolvido é tão revolucionário como as estradas, as auto-estradas ou os portos, aumentando a coesão social", continua o mesmo responsável.



O estudo teve em conta a realidade de 101 países, dos quais 16 taxam as comunicações móveis como bens de luxo. Cerca de 20 cobram mais taxas nos serviços móveis de comunicações, que nos serviços fixos. O documento sublinha ainda que na maioria dos casos se observa que um corte nas taxas tem no médio prazo um impacto positivo, levando mesmo ao aumento das receitas no total dos impostos cobrados.



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