Há pelo menos três empresas interessadas no concurso que o Governo lançará esta semana para escolher um novo prestador do serviço universal de telecomunicações. Zon, Vodafone e Optimus admitem o interesse em participar no concurso, confirmaram as empresas ao Diário Económico.



Contactada pelo diário, a Zon afirmou que "enquanto operador de telecomunicações, vai naturalmente analisar os três concursos [comunicações, postes públicos e listas telefónicas] e, na devida altura, tomará uma decisão".



A Vodafone também "admite a eventual participação no concurso", embora sublinhe que neste momento há uma "indisponibilidade de informações complementares essenciais", dados que podem "determinar um desequilíbrio importante na posição dos eventuais interessados em participar no procedimento", acrescenta. A existência de mais detalhes relativamente aos termos concurso é por isso crítica para que a empresa tome uma decisão definitiva sobre a participação, uma posição que a operadora já tinha aliás tido oportunidade de manifestar.



Acontece o mesmo com a Optimus, que desde 2010 tem feito declarações no sentido de deixar perceber que tem interesse no processo, reafirmadas de cada vez que há desenvolvimentos.



A escolha de um novo - ou vários - prestador do serviço universal deverá estar concluída nos primeiros seis meses do próximo ano, de acordo com as estimativas do Governo. A tecnologia que passará a garantir o serviço telefónico, hoje assegurado pela PT através da sua rede fixa, poderá ser fixa ou móvel.



Recorde-se que a PT poderá vir a receber do Estado uma indemnização compensatória entre os 30 a 35,5 milhões de euros, caso não seja a escolhida para continuar a assegurar a concessão após o concurso público, já que o contrato atual previa o fornecimento deste serviço até 2025.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico