A nova taxa faz parte de um pacote de medidas que integram o orçamento de Estado para 2015. Prevê que por cada gigabyte de tráfego gerado o utilizador pague 150 forints, o equivalente a 49 cêntimos, um valor que pode ser absorvido pelos operadores, se estes assim o entenderem.



Mal a proposta foi conhecida começou a contestação, que se se organizou nas redes sociais e que conduziu a uma manifestação nas ruas de Budapeste esta segunda-feira. O grupo do Facebook que organizou a manifestação conta com 200 mil seguidores, o protesto nas ruas terá mobilizado cerca de 10 mil pessoas, segundo números da imprensa local.



Quem contesta a medida defende que esta é uma forma de limitar a liberdade de expressão e discriminar o acesso à Internet entre classes sociais. São também sublinhadas preocupações relativamente à capacidade dos organismos públicos, como universidades e centros de investigação, para continuarem a tirar partido da web como fazem atualmente, tendo em conta as limitações orçamentais a que estão sujeitos.



O Governo liderado por Viktor Orban tem sido alvo de fortes críticas pela introdução de um conjunto de políticas que estão a "afastar a Hungria da Europa", defendem os organizadores dos protestos.



Na resposta à contestação, o executivo adiantou que vai acrescentar uma cláusula à proposta para impor um limite ao valor anual cobrado a cada internauta pelo tráfego de dados gerado, que não poderá exceder os 700 forints. Os valores excedentes serão suportados pelos operadores.



Os organizadores dos protestos deram 48 horas ao Governo para recuar com a proposta ou avançavam com uma nova manifestação. Terão agora de analisar as modificações sugeridas pelo Governo.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico