A operadora japonesa de telemóveis J-Phone acaba de lançar o seu serviço
comercial de telefonia móvel de terceira geração, depois deste ter sido
anteriormente adiado duas vezes. Esta empresa torna-se assim na primeira
unidade do grupo Vodafone
a estrear uma oferta 3G.
Apesar de não se prever que esta tecnologia origine grandes receitas para o
grupo europeu de telecomunicações a curto prazo, este lançamento poderá
indicar a tendência para o futuro.
As operadoras móveis europeias despenderam mais de 102,8 mil milhões de
dólares na aquisição de licenças 3G na Europa. Entretanto, muitas viram as
suas acções diminuirem exponencialmente, devido a preocupações dos
investidores em relação ao aumento das dívidas, ao abrandamento da economia
global e a atrasos tecnológicos.
A esperança da indústria de telecomunicações sem fios é que os serviços 3G
avançados, como a transmissão de clips de vídeo e o acesso rápido à Internet
equilibre a tendência para a diminuição das receitas originadas pelas
comunicações de voz.
A própria Vodafone já referiu que pretende aumentar o
rendimento dos serviços com origem em dados para os 20 por cento em
2004, em comparação com os actuais 14,3 por cento. No entanto, as novas
receitas oriundas de serviços 3G irão surgir lentamente.
O serviço 3G da J-Phone tem o inconveniente de só estar previsto integrar
ligações móveis à Internet e funcionalidades de fotografia digital a partir do
próximo Verão. Contudo, os objectivos da operadora não deixam de ser
ambiciosos,
esperando contar com um milhão de assinantes do serviço em Março de 2004.
A rival NTT DoCoMo,
contudo, só conseguiu angariar, desde Outubro de 2001, 149 mil subscritores, após 14 meses
de serviço 3G. Este, tal como o da J-Phone, também se baseia no
formato WCDMA. Na altura do lançamento a NTT, fixou como meta
possuir 1,38 milhões de clientes em Março de 2003. Mas, no mês passado, foi
obrigada a reduzir esse número para os 320 mil.
No sentido de promover uma migração suave para os clientes, a J-Phone planeia
adoptar tarifas telefónicas uniformes para os serviços 3G e 2G a partir de
Fevereiro. A grande aposta desta operadora é o roaming internacional com
50 países, com vista a cativar executivos.
A Vodafone afirma que está ainda a tempo de cumprir a data de lançamento
comercial da tecnologia 3G na Europa, fixada em Abril de 2003. Mas a companhia
não espera que o serviço se massifique antes de 2004 ou 2005.
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