Apesar de parecer um bem garantido e acessível, a internet ainda é um serviço indisponível para milhões de pessoas e um espaço pouco frequentado por outras tantas. De acordo com o mais recente estudo publicado pela União Internacional das Telecomunicações, hoje, entre utilizadores privados e desinteressados, ainda existem cerca de 3,9 mil milhões de pessoas que não utiliza internet.

Embora os números possam surpreender, a tendência global para o número de utilizadores em rede é de crescimento.

Atualmente, 95% da população global já vive em zonas cobertas com rede de internet móvel e cerca de 84% beneficia de velocidades 3G e superiores.

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A disponibilidade destes recursos, aliada à redução dos preços das tecnologias de informação e comunicação, ajudam a explicar a linha positiva que tem acompanhado o aumento do número de internautas mundiais.

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Neste aspeto, as subscrições de internet móvel e fixa têm ajudado a manter os níveis de internautas em crescendo. Até ao fim de 2016, o número de subscritores de serviços de internet móvel deverá chegar aos 3,6 mil milhões, mais 400 milhões do que em 2015. As subscrições fixas também acompanham a tendência.

Dos utilizadores que fazem usufruto de uma ligação à rede, a UIT conclui que há mais 1,5 mil milhões de internautas provenientes de países em desenvolvimento (2,5 mil milhões de utilizadores) do que em países desenvolvidos (mil milhões de utilizadores). Um número comparativo que se inverte noutra variável igualmente importante: a taxa de penetração.

Neste campo, a União conclui que a taxa de penetração da internet atinge os 81% em países desenvolvidos e fica-se pela metade nos países em desenvolvimento. Nos países menos desenvolvidos o valor ronda os 15%. Entre homens e mulheres há também uma diferença que se evidencia neste valor. Globalmente, a taxa de penetração é maior nos homens e a diferença menos substancial regista-se no continente americano.

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Apesar do crescimento, o fosso digital mantém-se, entre a Europa e África, por exemplo, a percentagem de ligações domésticas à internet distancia-se por quase 70 pontos percentuais.

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No futuro, tanto para as famílias privadas por carências ou por simples indisponibilidade, projetos como o Aquila do Facebook podem ajudar a uniformizar os números de interconectividade num mundo ainda marcado pela existência de um fosso digital